domingo, 7 de junho de 2009

Quando você e eu somos "UM"

Quando você e eu somos "UM"

Quando somos Um, Observação e observado tornam-se UM, pensamento e pensador tornam-se UM, testemunha e testemunho tornam-se UM, Presença e Presenciado tornam-se UM.

Se tudo é UM, manifestado em toda esta dualidade. Como viver consigo mesmo? Se só você existe, o que fazer, consigo mesmo? O que fazer com a parte de si que esqueceu-se dessa Realidade? Como lidar, interagir, proceder, e socializar-se consigo mesmo?

A Joana, o Pedro, a Isabel, o Artur, o Júlio, a Maria, o Carlos, o Afonso, o Henrique, a Beatriz, etc. Todos sem excepção são você, manifestado em toda as formas divinas, tal como você, todos eles, tem os seus gostos, os seus hábitos, os seus costumes. A Vida simplesmente manifestada na sua diversidade divina, sempre original, sempre mágica.

Contudo, existe uma parte si, que se receia, que se fere, que se entristece, que se revolta, que mente, que ofende, essa parte, é a parte da vida que está inconsciente, que se julga separado do todo. Essa parte está em si, logo está em todos.

Se existe uma parte em si, que o Ama, e outra parte em si, que o receia.

Porque não dar Amor á parte em si que se receia.

Eu lhe pergunto, se só você existe, será o Amor incondicional, a melhor acção para consigo mesmo? Em que consiste essa entrega, que benefícios, que magia esconde esse dar incondicional a si mesmo, e a todos os “outros”?

Se existe uma parte si, que se esqueceu de quem “É”, se existe uma parte de si, que o mal trata, desconhecendo que está a maltratar-se a si mesmo, como e com que meios, deve você responder ao outro que é você? Essa parte de si, que está inconsciente para com a vida, para consigo mesmo, pois se estivesse consciente de quem realmente “É”, jamais lhe faria mal, pois estaria a fazer-se mal, a si mesmo.

Não será a resposta, o Amor incondicional? Não será esse Amor sinónimo de benevolência, compaixão, e entrega para com o “outro”, que é você, num estado inconsciente.

Quando despertamos para a Vida, reconhecemos que foi a Vida que despertou em nós, reconhecemos que o ego, era, e é uma ilusão, não existe um “eu” separado, existe sim um filme do qual “EU” sou o actor principal, em todos os papeis existentes. Reconhecemos que a Vida e nós, somos UM, e que não existe nós, mas sim, UMA só VIDA.

A vontade da Vida é relembrar quem “É”, e que esse “É” é você, lendo estas palavras, que foi você que escreveu, sentindo, emocionando-se, e que sim, isso pode SER verdade.

É a Vida chegando á Vida, a Vida escrevendo á Vida, a Vida abraçando a Vida, e por fim a vida amando-se a si mesma.

Somos UM

PAZ

Amor incondicional

Amor Incondicional

Porque razão o Amor incondicional, é deveras um Amor difícil, ou praticamente inexistente. O que significa esse Amor? Um Amor incondicional para com Vida, para com o todo, para com o Marido, para com a Esposa, para com o Namorado, para com a Namorada, para com o amigo, para com o desconhecido, para com o criminoso, para com os animais, para com a Natureza, e por fim para consigo.

Esse Amor, consiste no dar apenas, na entrega de si mesmo a si mesmo, consiste no fascínio e no encantamento do simples acto de dar, no dar sem nada exigir, sem nada esperar em troca.

Porque será que esse Amor, é considerado um Amor utópico, aos olhos da maioria, porque razão esse Amor é tão raro entre os Homens?

A razão pelo qual o Amor incondicional, é praticamente inexistente, é porque o Homem desconhece a sua essência, desconhece quem “É” como Vida que “É”. Amor incondicional, é sinónimo de consciência, é sinónimo de Liberdade, é sinónimo de Sabedoria, é sinónimo de abertura, é sinónimo de LUZ, alegria, Felicidade, Deus, Vida, e Presença.

Amor incondicional, nada teme, nada carece, nada deseja, nada necessita. Apenas e só apenas, porque Amor incondicional, é a forma mais Sublime, Manifestada da Vida para com a Vida.

Como pode o Homem, atingir tal estado, como pode o Homem manifestar tal Amor, se ele próprio desconhece-se a si próprio como Vida que “É”. Jamais o Homem poderá atingir esse Amor pelo todo, sem primeiro reconhecer que ele sim “É” o Todo.

Só existe uma Vida, uma Consciência, um DEUS, uma Energia, um Amor, e uma VIDA, e esse UM, “É” você.

Despertar para a Vida, é reconhecer que em si, está a chama divina, que em si está a Graça da Vida, que em si, está o segredo da Vida, e que em si está a Felicidade de SER UM com a Vida.

Liberte-se do apego, liberte-se do condicionamento, liberte-se dos dogmas, e liberte-se de você, que no fim ficará apenas o êxtase e o fluir incondicional que é Viver a Vida Uno com ela.

Porque no Fim e no Inicio esse AMOR “É” quem você “É”.


Paz

Qual o momento em que somos Felizes?

Qual o momento em que somos Felizes?


Qual é o momento? Como podemos nós classifica-lo? Quais as características inatas de um SER que está plenamente Feliz?

A Felicidade é sinónimo, de ausência de Desejo, pois o próprio conceito de desejo, adverte a um estado de carência, de falta, de privação. Quando o Homem esquece o desejo, e abandona o desejo, a felicidade surge, pois na sua ausência, apenas a Felicidade existe.

Face a esta perspectiva, podemos facilmente identificar, o porquê de tão pouca felicidade na Sociedade, no Mundo e na Vida do Homem.

Uma vez que o Homem esqueceu-se de quem “É”, como Vida, na sua essência. Ele julga-se incompleto, e por consequência a carência e o desejo surge, como solução á sua ignorância, ao seu esquecimento. Fora lhe ensinado que a felicidade é algo que se compra, que se adquire, que se conquista, que se busca, tudo isso induziu o Homem ao erro, ao esquecimento dele mesmo como VIDA que “É”. Tudo isso fê-lo estabelecer metas, separação entre ele e o objectivo, que por sua vez o fez mergulhar na roda do tempo, prova disso, são os desejos constantes, de bens materiais, conjugais, amigos, estatuto social, etc.

O Homem procura incessantemente a concretização dos seus desejos, porque no momento que satisfaz esse mesmo desejo, o desejo desaparece, cessa em existir, e com isso é lhe dado o sabor da felicidade, a graça de estar VIVO, no Aqui e no Agora. Por momentos não existe mais desejo, e o jogo do tempo termina, ele entra no instante Sagrado, que é o eterno Agora.

Contudo iludido, com a sensação, ele julga que foi o bem material, ou a acção, que lhe provocou essa felicidade. Mas nada, no exterior pode substituir o instante Santo, nada pode substituir a plenitude de Viver o Agora, porque o Agora é Completo, Perfeito, e tudo alberga, dele tudo nasce, tudo surge, tudo desvanece.

Todo o exterior é efémero, é condicionado a um princípio, meio, e fim. A Vida Consciente jamais se condiciona ao Mundo das formas, á dualidade. Jamais se aprisiona a objectivos a desejos, pois o simples acto de possuir, de desejar, algo que lhe é inato, é irreal, é ilusório. A Vida Consciente é sinónima de liberdade, de Amor, de fluidez, e de inocência, de não dualidade, de Unicidade.

A Felicidade é assim, ausência de desejo, sinónimo de VIDA, e a VIDA é o OBJECTIVO, no Aqui no Agora, que por sua vez é sinónimo de Vontade de VIVER, de bailar com o vento, com a música, com o riso de uma criança, com amanhecer do Sol, com o contemplar de uma flor, com a infinita Presença, que é vislumbrar a Magia da Vida, e por fim de saber que “EU” sim, sou essa Presença.

PAZ

O Casamento

O Casamento

A instituição intitulada como Casamento, não têm servido a Vida, o seu alicerce principal, se assentou numa crença ilusória, e foi colocado em areias movediças.

Foi acordado que o Casamento, a união entre dois Seres, se deve a compromisso, entre ambos. Um compromisso, como o termo indica um acordo, um contracto de obrigação, entre os dois.

Ironicamente, é exactamente, o acordo, que boicota, a união entre dois Seres, pois o acordo assenta e dá ênfase á dualidade, e por consequência á separação de ambos. Quando fazemos, o acordo de amar alguém para o resto da Vida, estamos com isso a condicionar a Vida a uma obrigação. A Vida quando Consciente dela própria, jamais necessita de acordos. O Contracto é por si só sinónimo de apego. O casamento tal e qual como o conhecemos, assenta as suas raízes no apego. Expressões como estas são frequentes: “Eu sou teu, e tu és meu, para o resto da minha Vida”. A Vida jamais pode possuir a Vida. Condicionar o conjugue a um objecto de posse, é condicionar-se a si mesmo, á carência ocultada do mesmo, por outras palavras, é depositar a sua felicidade na forma, enfim no cônjuge.

Viver um Casamento, como se possuímos, o nosso cônjuge, tem se revelado o maior dos apegos. O apego entre dois Seres, revela-se na maioria das vezes, pelo medo de perda, ou de falta de respeito, pelo próximo.

A sociedade incutiu, que o Casamento, é um compromisso, uma corrente, uma algema, que alberga dogmas, crenças, ideias, pensamentos, e conceitos de posse, de obrigação, de condicionamento. Toda esta instituição, deve-se a um estado inconsciente do Homem para com a VIDA.

A taxa de divórcios e separações, tem vindo a crescer em flecha, e a razão pelo qual isto acontece, é porque a Vida jamais se pode condicionar, aprisionar. Viver é tudo menos compromissos, condicionamentos, e aprisionamentos.

O rio não se aprisiona a si próprio, nem tão pouco a fruta deixa de cair da árvore.

Podemos alegar:

“Mas eu não sinto que estou condicionado, eu não sinto que estou aprisionado” Todo e qualquer medo face ao seu relacionamento, revela esse apego. Se colocarmos as seguintes questões:

“Tem o leitor medo de perder o seu conjugue, tem medo de que o seu conjugue, o traía? Ou o deixe? Ou lhe minta? “

Todo o medo, esconde o apego. Você acredita que depende de algo para SER feliz, o medo que o homem possa eventualmente ter para com o conjugue ou para qualquer outra coisa na Vida, provêm da falsa ilusão, que você depende de algo para SER feliz.

Como pode a Vida depender de algo para SER Feliz? A Vida já é VIDA, já é completa, Feliz e realizada, a única realização a fazer é essa mesma. Consiste na percepção do mesmo, ou seja que você, não necessita de nada nem de ninguém para SER plenamente Feliz, a não SER de si mesmo, a VIDA que você “É”.

Por isso mesmo, a instituição que intitulamos de Casamento, não serve a plena Liberdade de SER verdadeiramente Feliz.

Contudo a União de um Homem com uma Mulher, faz sentido para a Vida, é a união entre ambos, o dar incondicional entre ambos, sem nada a pedir em troca, que proporciona a Mulher, dar á LUZ.

A união incondicional entre o Homem e a Mulher, é a forma mais sublime de manifestar o AMOR que somos, não existe nada mais LINDO E MARAVILHOSO que o AMOR de um SER HUMANO POR OUTRO. Mas o AMOR que falo, é o AMOR genuíno, que nada pede em troca, que nada teme, que nada anseia, e que apenas dá… dá porque sabe que está dando á VIDA…. Que está dando a si mesmo... E sabe que só o AMOR é REAL e só ele existe…

Esse Amor é sinónimo de Consciência, é sinónimo de Saber, que a Vida quando Consciente dela mesma, jamais se fere, jubila sim, em êxtase no dar e fluir incondicional que é Viver a Vida Uno com ela.



PAZ