domingo, 31 de janeiro de 2010

Todos os que te rodeiam


Todos os que te rodeiam desempenham uma função na tua Vida. Quando estamos indignados felizes tristes aborrecidos, ou por e simplesmente descontentes quer com a nossa postura face ao próximo ou a postura do próximo face a nós. Todos estes sentimentos, pensamentos, emoções existem por uma razão só, o de nos consciencializar para a existência do mesmo.

O que significa isso? Termos consciência disso? E porque razão devemos nós ter Consciência disso?

A razão inicial pode partir da insatisfação ou desconforto que o homem pode sentir face à Vida, e em prol disso mesmo parte em busca de respostas. Contudo a razão primordial incide apenas na vontade que a Vida em si têm em se auto conhecer, em saber quem ela realmente “É”. Ao tomarmos Consciência do nosso exterior, podemos em simultâneo tomar Consciência do nosso interior, pela simples razão que no nosso interior, existe uma opinião formulada sobre tudo o que no nosso exterior, está a manifestar.

Quando nos auto Observamos, podemos constatar esse rodopio de emoções sentimentos pensamentos, muitas das vezes não nos identificamos e tendemos a ignora-los. Quando assim acontece, o pensamento a emoção o sentimento, é escondido e não aceite, este ignorar permite que a emoção se mantenha no inconsciente do Homem, como se de um baú se tratasse.

Todas as emoções sentimentos pensamentos que temos do próximo devem ser Observados pela luz da Consciência, isto porque podemos enganar todo o mundo excepto nós próprios.
A Observação permite ao Homem VER a natureza das coisas, não como pensamos serem ou julgamos serem, mas sim como elas realmente são.

Um pensamento uma emoção um sentimento têm a credibilidade que atribuirmos, tudo na Vida passa, tudo se transforma nada permanece para sempre.

A Consciência a pura Observação não julga nem pensa, apenas e só apenas Observa logo tudo aceita, Com distancia o Homem se auto Observa e torna-se mestre de si mesmo, isto porque numa fase inicial a Consciência que tudo Observa que tudo testemunha separa-se do filme da história que cada um vive, tornando-se assim lentamente realizador do Filme.

Quando aceitamos os pensamentos as emoções os sentimentos, quer sejam eles sentimentos de tristeza, de revolta, angustia, ou felicidade, estamos com isso a dar espaço a vida, e a permitir o fluir natural da Vida. O que em tempos estava obstruindo ou bloqueando a Vida em si, agora pode fluir e dar espaço ao novo.

Todo o sentimento de tristeza angustia indignação tem a sua raiz no tempo. Quando Observado pelo Olho da Consciência Tudo têm a sua origem no tempo, quer seja no passado ou no futuro, a preocupação a tristeza incide sobre algo que já aconteceu ou o receio de que pode eventualmente acontecer.

Despertar para a Vida é despertar para consigo mesmo, é relacionar o exterior com o interior e desmistificar o “óbvio” pelo simples poder da Observação.

Liberdade significa que toda a realidade que presencia é fruto da sua criação, incluindo a presença daqueles que nos rodeiam. Se existe algo no exterior que não nos identificamos, se existe algo que não faz sentido, é porque existe um lado inconsciente da Vida para com a Vida, é porque a Vida ainda não despertou nesse seu lado inconsciente, um estado que pode lentamente despertar, e com isso tornar-se co criador da realidade, de forma Consciente.

PAZ

O Amor pode ser cego


O Amor cego, é aquele que se apaixona desmesuradamente pela sua criação.
O desejo, o querer, se apodera ilusoriamente da vida, criando a ilusão de que pudemos possuir a pessoa amada.
A pessoa torna-se assim um objecto de posse, algo que podemos desejar e possuir.
O apego se instala, e o Homem deseja a pessoa em questão. O desejo cega o Amor, e substitui o Amor pelo apego, pelo sentimento de posse, tu és meu e eu sou teu, são expressões do ego.
A Vida jamais se pode possuir a ela própria, cego é aquele que vive em prol da sua carência sem o saber, cego pelo desejo que esconde uma falta na sua vida.
A Vida Consciente jamais carece, toda a carência nasce na ilusão que o homem depende algo exterior a si para SER feliz, e a Vida não depende de nada nem de ninguém para SER feliz a não SER dela própria.

O Amor pode SER genuíno

O Amor genuíno, é aquele que nada exige nada espera em troca, Ama pelo simples prazer de Amar, pela felicidade de ver o Amor e a Felicidade no próximo, porque reconheceu que o próximo é UM com ele.
O Amor Genuíno não carece nem deseja, o homem que Ama genuinamente não depende de nada nem de ninguém para SER feliz, a não SER dele próprio.
O Amor genuíno é aquele que se manifesta espontâneamente, que é reconhecido no momento, como sendo a vontade pura do Coração, uma fonte que jorra esse mesmo Amor no interior de cada UM.
O Amor genuíno não faz sacrifícios, nada pede em troca, não é superior nem inferior, apenas “É” o fluxo natural da Vida se auto reconhecendo como sendo ela própria se Amando a si mesmo.
Amor Genuíno é a manifestação mais bela maravilhosa e perfeita da Vida para com própria Vida.

PAZ

O que nos mostra a simplicidade do momento


O que nos mostra a simplicidade do momento, o que nos mostra a Vida? Só olhando, observando, contemplando podemos ver a simplicidade do momento.
Porquê vislumbrar o momento? Porquê Viver o momento?
Porquê parar no tempo e apenas contemplar o momento?

A Vida é este MOMENTO, a Vida é a simplicidade do MOMENTO. Por detrás de tudo, por detrás de tudo o que acontece no momento, está você a VIDA, olhando para a VIDA.

A Vida só é Vida no momento, sem momento não existe Vida, sem momento não existe o despertar de um sonho, o acordar para a magia que é estar Vivo neste Planeta. Sem Viver o momento o Homem se aprisiona no tempo na ilusão do amanhã do ontem, esquecendo-se de si mesmo, a Vida que ele “É” no momento.


É no momento que tudo acontece pensamentos emoções sentimentos julgamentos sensações, tudo, tudo na Vida faz parte do momento, nada acontece fora do momento. Aborrecimentos, tristezas, angustias, indecisões, alegrias, felicidade, tudo é encenado no palco da Vida, que decorre no eterno momento que é Agora.

Acordar para a Vida é Observar o Filme da Vida, é seguir o Coração, a Vontade que brota dentro de cada um, em SER feliz. É olhar para a Vida como se fosse a primeira Vez.

Porque sim, é sempre a primeira Vez. Tudo no momento passa, tudo muda, tudo se transforma, assim é, o filme da Vida. A magia constante de vislumbrar e participar na mudança está na honestidade de quem reconheceu que a VIDA é Agora e sempre Agora, este momento.

É agora que observo a VIDA, sempre agora, não amanha, não ontem, mas Agora.

Parar na Vida…

A Vida contínua, está sempre em constante movimento, em constante transformação. Problemas stress sucesso insucesso, altos e baixos, um rodopio de acontecimentos, tudo está acontecendo, compromissos, pensamentos emoções sentimentos, tudo está se manifestando.

No meio, no centro de tudo isto está “Você”. Onde está você? Estará você envolvido no corrupio do acontecimento, está você cercado e mergulhado na história da sua Vida, uma história onde tudo acontece tudo muda tudo se transforma.

Quando mergulhamos no acontecimento, tendemos a esquecer a essência que somos, tendemos a esquecer a Vida que somos, para passar a ser a história o acontecimento a enfermidade dos acontecimentos. Mergulhados no Tempo, preocupados com o futuro ou desiludidos com um passado, lutamos disputamos ou competimos por expectativas, em prol do que consideramos ser melhor para nós.

No meio de tudo isto está você. Não você como acontecimento, como emoção sentimento pensamento ou História, mas sim “você” sem nada adicionar. Neste centro neste “Lugar” o tempo pára a Vida pára, um parar onde o tempo deixa de existir e a eternidade se manifesta.

Quando paramos, o Observador se revela. Observar a Vida é parar na Vida, e contemplar a Vida.
De inicio uma ilusória “distância” se manifesta entre o Observador e a Vida Observada. O filme que intitulamos como Vida, onde tudo acontece, tudo muda tudo se transforma, contínua.
Contudo, este parar no tempo, este espaço que você concedeu a si mesmo, permitiu a existência de um Observador, que é “você”, existe uma tomada de Consciência que está lentamente a tomar Consciência de si mesmo, a Vida está despertando para uma Consciência mais “elevada” , onde a Vida se está a tornar Consciente de si mesma.

Este “lugar” este espaço este tempo, está no momento no Aqui no Agora. Um espaço que permite ao SER ao “Homem” a manifestação e a clareza de uma sabedoria que é inata á Vida.
Quando Observamos a Vida tornamo-nos Testemunhas de tudo o que acontece, inclusive do que julgávamos ser. Os pensamentos as emoções os sentimentos, são vistos pelo que são, tudo passa, todas as manifestações estão em constante transformação, o que nos aborrece hoje amanhã já não nos aborrece, o que nos entristece hoje amanhã já não nos entristece.
É então que a Observação permite o fluir da Vida, o homem parando no tempo, saí do tempo e Vive o eterno agora, não mais acorrentado às emoções aos sentimentos aos pensamentos, ele se desprende do apego, confiando no seu Coração, ele reconhece que o mais importante na sua Vida, é a sua felicidade. Uma felicidade que não está condicionada a nada nem a ninguém, que depende apenas dele mesmo e de nada mais.
Reconhecendo agora, que felicidade é seguir o Coração, é SER UM consigo mesmo, com o sentimento com a emoção com o pensamento, que o faz vibrar, que o faz feliz, que se manifesta de forma espontânea e não premeditada. A felicidade é reconhecida como sendo o momento, a magia onde tudo acontece, o Agora.
É no momento que a felicidade se encontra, é um estado de SER, não um estado que pode vir a ser, ou que em tempos foi.

O homem sabe então que parando no tempo a clareza sobre a Vida é inato, que é vontade da Vida SER feliz, UM com o momento, nunca ignorando o Coração a Vida reconhece que existe vontade em agir em contemplar em Viver uma Vida livre e sem apego, sem expectativas, mas apenas confiante que tudo está bem e que tudo a seu tempo se resolve.
Uma confiança que a seu “tempo” será validada, e que por fim o conduz à sabedoria de quem experienciou essa realidade,

Parar no tempo, não é parar de Viver, mas sim parar de sobreviver, para sim VIVER.

O eterno momento de magia que é viver a Vida neste Planeta no Agora.

PAZ

A Vida é um processo Part 4



Por esta altura a mudança de percepção está acontecer, a vontade de se manter acordado é agora maior que nunca, o Homem agora mais intuitivo, sabe e sente que o estado de vigília e de atenção sobre a Vida, é sinónimo de um Despertar. Contudo ainda nesta fase a sua mente, pouco ou nada se alterou, tudo aparentemente permanece igual, os pensamentos compulsivos de receio, de angústia, de dúvidas, e de tristeza ainda se fazem sentir. Facilmente desencadeados por situações exteriores, quer por uma situação familiar, profissional, financeiro, etc. Todo o seu exterior ainda possui influência sobre “si”, ele ainda dita as regras do jogo, e o condiciona de forma a conduzi-lo a um estado de preocupação stress, tristeza, ou de aborrecimento.

A fase da Mestria está a ser desenvolvida e posta em prática.
A Vigília a Observação a Meditação sobre si mesmo, está a transforma-lo, digamos que a persistência em estar Desperto está a abrandar a mente, a separar o trigo do joio, a sua essência, a sua Realidade, da sua ilusão.
A mente agora está a perder poder, credibilidade, assim sendo os seus pensamentos são agora constatados como meras nuvens que vêm e vão, que possuem a credibilidade que quiser atribuir. Ainda nesta fase, a Observação está a atrai-lo ao momento Presente, e com isso vive-lo cada vez mais permanente.
A identificação com a mente o tempo, quer seja problemas no futuro, ou no passado, memórias traumas discussões passadas, tudo está a perder importância, a sua importância reside agora em aceita-los, tomar Consciência pelo que são e não pelo o que julgamos ser. Lenta/mente o desapego está se manifestando, contudo existe uma fase no processo pelo qual todo o Homem têm de passar, a aceitação e o Amor-próprio por si mesmo.
Ele agora aceita e reconhece as feridas os traumas o sofrimento como algo legitimo algo que fez sentido num passado, que teve e serviu um propósito maior, o de se Consciencializar, o de Observar a Natureza dos mesmos.


O AMOR por si mesmo. O Amor tudo aceita, não julga e não condena, a aceitação é pura Observação é a sua Consciência que está a aceitar um lado seu inconsciente que fez parte de um processo maior. Nesta fase o Homem Ama-se e toma conta de si mesmo, como se fosse um Pai para com ele mesmo.
O papel de Pai é aqui mencionado, como sendo a parte de si que vai daqui para a frente ajuda-lo, no seu processo, o PAI é a Consciência de si mesmo, agora mais do que nunca você confia nesse seu lado Consciente, reconhecendo aos poucos e poucos, que isso sim é quem você Real/mente “É”.
A Mestria surge com o desapego a coragem e a confiança em seguir o seu Coração, em SER e ouvir a sua intuição em forma de pensamento que provêm da Consciência. Uma vez Constatado a Essência dos mesmos, o Homem não mais se identifica com a mente.
É então, que uma vez angustiado, triste, aborrecido, confuso, etc. Ele reconhece esse estado como sendo pensamentos que o distraiam do momento Presente, pensamentos que o puxam para fora do Presente e para dentro do tempo.
Quando assim é a Mestria acontece, a Luz acende-se e ele sente a vontade de pausar e aceitar esses pensamentos, sem julgamento ele os Observa, não os alimenta, não se identifica com eles, existe uma clara separação entre ele o Observador a Consciência, e o pensamento temporal, a credibilidade e importância é nula, deixando assim o desvanecer natural do pensamento ocorrer, libertando-se, do que em tempos o aprisionava.

Finalmente o rio inicia o seu abrandamento, o corrupio de pensamentos está agora a enfraquecer, a persistência na Observação no estado de Vigília, está a dar resultados. O seu exterior pode ainda aparentar estar caótico, os problemas podem aparentar ainda estar por resolver, contudo a Paz no momento está a SER restabelecida, é você que está a permitir isso mesmo. Em simultâneo a tudo isto a Vida está a tomar conta de si, e do que intitula de “problemas”.

É por esta altura que o Obvio ganha Vida, que a Vida começa aos poucos a fazer cada vez mais sentido, a mente já mais calma, permite ter a visão e a clareza sobre a Vida, e o que pensávamos ser já não é para SER apenas o que “É”.
A Magia se intensifica, e os frutos de quem sempre teve a Liberdade na sua mão, estão agora a lentamente a ser manifestados.

É importante que o Homem reconheça que o processo que antecede esta realização, é um processo de coragem de confiança, honestidade, e de humildade para com a vida. Que independente/mente do que possamos pensar, alegar, sobre a situação exterior, sejam quais forem problemas que incidem fora de si, eles são o que são, e não o que pensamos serem. A VIDA a sua Consciência jamais o abandonará, escassez, falta, insuficiência, é algo que a VIDA quando Consciente dela própria jamais conhece, e experiencia. O desapego é uma fase dolorosa, para a mente mas não para a Consciência, é uma fase de libertação sobre o que em tempos o aprisionava.

A Vida é um processo part 3


A consciência da dualidade intensifica-se. Nesta etapa o Homem auto-valoriza-se, de forma como nunca se valorizou antes, uma valorização individualista para com a sociedade, mas sentida de forma honesta para consigo mesmo. Aos olhos da sociedade o seu comportamento é de certa forma egoísta, e não fará sentido para muitos, contudo você sabe que a pessoa mais importante na sua Vida é você, e seguir o seu coração torna-se prioridade. Agora a Valorização incide no seu Coração, na Honestidade para consigo mesmo. Dando espaço e hipótese a essa curiosidade, a esse sentimento que brota dentro de si. Ele está agora disposto, a correr os “riscos” e os obstáculos que surjam no seu caminho, para que lhe seja assim, revelado a veracidade ou não de um sonho que é viver uma Vida segundo o seu Coração, Feliz.

Esta Nova Consciência revela-lhe algo extraordinariamente diferente, mas de certo modo familiar, a dualidade. O Homem sente-se agora um estranho numa terra estranha, de certa forma ele compreende o stress e as preocupações da sociedade onde está inserido, mas agora, já não mais se identifica com isso, é como se vivesse em dois mundos distintos, um mundo mágico surreal e imaginário aos olhos da sociedade, e o mundo velho actual do qual ele ainda faz parte mas que deixou de fazer sentido.

Surge então a “caminhada do guerreiro”, uma caminhada que a seu tempo se mostrará solitária. Com o passar do tempo, respostas, e validações, serão todas ela experienciadas, a sincronização aumenta, e com isso a Consciência de quem “É”. O sentido da Vida lentamente está a ser desmistificado, de forma a conduzi-lo, á verdadeira percepção do que é a Vida.

Durante a caminhada, obstáculos serão colocados, de forma a mostrar a Natureza dos mesmos, colocando-o a si, no papel de testemunha e Observador de si mesmo, a sua Atenção está agora sobre si e sobre a Vida. Uma Nova Dimensão se abre, a Dimensão de como a VIDA “É”, não como pensa ou julga ser, mas sim como “É”.
Nesta etapa, o Homem constata, vagarosamente de forma válida a Natureza de tudo, o seu pensamento, as suas emoções, os seus sentimentos, todo o seu interior é agora alvo de uma Nova perspectiva, a sua Consciência.

Ele torna-se o maior espectador e testemunha de si mesmo, sem se julgar, sem criticar, apenas constatando, ele observa e vê o que se passa dentro de si.
O corrupio de pensamentos, emoções, e sentimentos, são ainda uma constante, preocupações, dilemas, receios, etc. Continuam na sua mente de forma fugaz, e ele sente-se como um comboio que descarrila, que pouco depois mais a frente, encarrila de novo nos trilhos. Aqui o seu trajecto é feito de altos e baixos, tanto está feliz, como de um momento para outro está triste, a vida parece pregar-lhe partidas umas atrás das outras.

A Percepção do seu interior aumenta. Nesta fase a Observação de si mesmo, está a desencadear a desmistificação do seu mundo interior, e o seu mundo exterior está a manifesta-lo.
Em simultâneo, e sem dar conta a Vida aparenta desabar, algo não faz sentido, quanto mais fiel a si mesmo, mais o exterior aparenta ruir, é como se lhe tirassem o tapete debaixo dos pés. Mais uma vez a Vida está a pedir uma tomada de Consciência mais profunda dentro de si, de forma a dar Luz ao seu inconsciente. É lhe então revelado que a causa do desabamento reside no apego, no medo de perda, no receio e na expectativa de que, podia eventualmente suceder essa situação de desilusão. O seu interior é agora um baú que possui traumas, medos, receios, duvidas, incertezas, memorias, sentimentos, emoções, que lentamente serão conduzidos á superfície, para que a Consciência as Observe, como elas realmente são, e não como pensamos serem.
Nesta fase a identificação com a mente, é ainda muito forte, porém a Consciência do seu interior, está a conduzi-lo para clara percepção que você não é a sua mente, mas sim a Consciência que incide sobre ela.

Após esta tomada de Consciência, o Homem sabe agora por experiencia própria e de forma válida, que parte da sua relação com o mundo exterior, está relacionado com o seu mundo interior, a Vida está revelando a sua NATUREZA, a liberdade que possui na criação e manifestação do seu mundo.

A Vida é um processo Part 2




“COMO?” Será a questão mais predominante na mente daquele que pondera por uma possibilidade de viver de forma diferente. Nesta etapa o Homem está sensível e fragilizado. O facto de a Vida não estar a fazer sentido, confunde e entristece-o, sente-se baralhado de certa forma derrotado, pois toda a crença depositada num modelo de Vida passado deixou de funcionar.
O que fazer agora? Como fazer? Estas e outras questões inicialmente serão uma constante, de tal forma que o seu processo será agora mais intenso, isto porque a energia a crença e todo um “julgar saber” foi colocado em causa. Neste período a intensidade fará com que os momentos de Alegria sejam vivenciados de forma mais radiante, porém os momentos de tristeza serão também eles mais fortes, digamos que o processo está agora a mostrar ao próprio o “porquê” do mesmo. O confronto consigo mesmo é inevitável, o ego clama pelo método antigo, pelo controlo e o poder.

A Humildade e a Honestidade lentamente emergem, e com isso o reconhecimento de “não saber como fazer” inicia-se. Esta é talvez uma das fases mais importantes em todo processo, o reconhecimento deste facto é a chave que vai abrir a porta para uma nova forma de Vida.
A ABERTURA á Vida, o “Não Saber” trará a inocência que em tempos de criança se revelou, a inocência é um estado de graça que permite a correcta percepção da Vida, “Não Saber” está aliado á Honestidade e Humildade de reconhecer que não possuímos controlo sobre a VIDA, não sabemos como vai ser o dia de amanhã, como vai ser o futuro.

Inicia-se a 1ª fase de Encanto que é realmente a VIDA. Por entre dúvidas e questões de uma mente que não pára, a percepção sobre a vida é agora outra, pois o Homem encontra-se aberto, e com isso a interacção do Homem com a Vida se inicia, lentamente a sincronicidade é manifestada e o Homem Observa, que a Vida está a comunicar-lhe algo, como se de um puzzle se tratasse. Contudo em simultâneo a isto, a Vida continua aparentemente com “problemas” o stress ainda predomina, a preocupação, a angústia, a tristeza, tudo ainda se mantêm, porém de forma agora distinta. Pois existe algo em si que reconhece ambos os estados o estado de agitação interna e o estado de uma Consciência que se auto Observa e que acredita noutra forma de Viver, está assim disposto e com coragem a tentar.

A sincronicidade, é classificado pelo ego pela mente como simples coincidências, contudo a seu tempo o Homem apercebe-se que as coincidências não são coincidências e que a vida está lhe mostrando algo, é então que o Homem realiza uma vez mais uma das fases mais importantes do processo a “VALIDAÇÃO”. Ele valida por experiencia própria, o aqui está escrito, a Validação é extremamente importante porque será o seu “alimento” será em simultâneo a sua força, que o leva acreditar cada vez mais no seu Coração, acreditar nele próprio e não na sociedade, um acreditar que agora têm um fundamento indiscutível o da Validação.

A abertura leva-o a aceitar a Vida, lentamente começa a deixar de ter medo, e a ser conduzido pela vontade do Coração, mensagens chegarão por forma de livros, textos, pessoas, musicas, filmes, momentos de encontros, intuições, tudo de forma a validar um processo, um “caminho”.
Em simultâneo a Consciência deste caminho fortalecerá, e fará com que em momentos de angústia de tristeza e de dúvida, o conduza á interrogação, auto questionando-se, o porquê do sucedido, dos Problemas, etc. A resposta virá a seu tempo, pois agora o tempo será outro, ele estará disposto a dar esse tempo a si mesmo, a Observar com mais atenção o seu interior e exterior. A Atenção sobre Vida começa a intensificar-se de forma a estar mais “PRESENTE”, como se de uma meditação se tratasse, com isso a desmistificação e o entendimento sobre a mesma inicia-se, entrando agora na fase do entendimento, uma etapa onde o sentido da Vida é lentamente retomado.

A Vida é um processo Part 1



A Vida tal como conhecemos é um processo, toda a Natureza assim o valida. A Arvore símbolo da Vida revela-nos esse processo, desde sua nascença em forma de semente ela faz rumo ao solo para depois germinar e crescer, durante o seu crescimento etapas são ultrapassadas, de forma a atingir o seu propósito na Vida.

A Vida é então este processo pelo qual o Homem têm de ultrapassar etapas, desde muito cedo e ainda em criança é lhe atribuído uma identidade, um rotulo, um nome pelo qual ele é identificado na sociedade. É durante esta etapa que a formação, a identificação e crença no ego é desenvolvida, a criança julga e pensa assim que está separado do todo, o processo, as formas a sociedade e o mundo dual assim o demonstra, dá-se então o inicio do seu processo.

Durante o seu crescimento, a sociedade mostra-lhe um mundo e uma Vida de separação, onde a valorização é um conceito de “necessidade” face á realidade que agora Vive. Uma valorização que reside na individualidade e não no Todo, os seus alicerces são então fundamentados na Vida que o circunscreve, na manifestação exterior que ele vê e adopta como sendo a única realidade, verdadeira e válida.

É então transmitido que a felicidade e ele são conceitos distintos, ele sujeito e a felicidade Objecto, a felicidade encontra-se agora no seu exterior e separado de si. É por esta altura que nasce o conceito de posse, um conceito fortemente enraizado, e sinónimo de felicidade, é este conceito que substitui a sensação de estar separado e incompleto para com a Vida. O jovem inicia assim o que vêm a ser a sua maior busca, a felicidade.

Os primeiros namoros, os primeiros brinquedos, filmes, bicicletas, e roupas que possui, as férias que usufruiu, a escola por onde andou, tudo serve para a distinção dele para com o próximo, a sua valorização e felicidade é agora sinónimo de acumulação, quer seja em forma de experiencias ou em posses. O apego é por esta altura o seu modo de Vida, expressões como: a minha Namorada, o meu jogo, o meu telemóvel, são naturais e fazem parte do processo.

Conforme vai crescendo as etapas vão surgindo, já em fase adolescente ele apercebe-se da capacidade de criação que possui para com a vida, é então que se desencadeia a etapa da Conquista, uma etapa onde a criação é aliada á tomada e obtenção de algo, aqui a celebre frase é pronunciada (querer é poder).

Já Homem, o tempo é agora seu aliado, é através do tempo que o ego planeia, controla e esboça o seu futuro, a sua mente incide agora mais do que nunca no destino, no objectivo a alcançar. As expectativas são criadas, e com isso surge o apego, as correntes e o condicionamento que ele próprio permite a si mesmo. A felicidade que se encontra no objectivo a alcançar está agora condicionado a uma forma, a uma acção, a um objecto, etc. Em simultâneo a tudo isto o desejo de ter algo produz automaticamente o seu oposto, o medo de perder ou não alcançar esse algo.

É então que o jogo se intensifica, e o carrossel do tempo acelera, entre altos e baixos a felicidade demonstra agora ser momentânea, efémera, pois todo o objecto que está condicionado tem principio e fim, o carro que deseja ter hoje não é o carro que deseja ter amanhã. Lentamente ele sente-se aprisionado ao objectivo, e em simultâneo os problemas começam a surgir, quer familiar, social, saúde, ou então carência, stress, medo, juntamente com tudo isto um corrupio de tentativas em controlar o futuro, aumenta.
É nesta etapa que se antecede a abertura para com a Vida, pois Homem vê-se si próprio pela primeira vez numa encruzilhada, onde possui a opção de prosseguir com modelo em questão, ou então lentamente pára de forma a reflectir e a questionar-se sobre a Vida.
O processo agora está pendente de uma decisão essencial por parte do Homem, compete a ele escolher, contudo a mudança de optar por outra forma de viver requer coragem e abertura ao desconhecido, pois a Vida está a “pedir” a desistência de um modelo que já não lhe serve, para estar aberto ao novo, a uma Nova forma de Viver.