domingo, 31 de janeiro de 2010

A Vida é um processo Part 4



Por esta altura a mudança de percepção está acontecer, a vontade de se manter acordado é agora maior que nunca, o Homem agora mais intuitivo, sabe e sente que o estado de vigília e de atenção sobre a Vida, é sinónimo de um Despertar. Contudo ainda nesta fase a sua mente, pouco ou nada se alterou, tudo aparentemente permanece igual, os pensamentos compulsivos de receio, de angústia, de dúvidas, e de tristeza ainda se fazem sentir. Facilmente desencadeados por situações exteriores, quer por uma situação familiar, profissional, financeiro, etc. Todo o seu exterior ainda possui influência sobre “si”, ele ainda dita as regras do jogo, e o condiciona de forma a conduzi-lo a um estado de preocupação stress, tristeza, ou de aborrecimento.

A fase da Mestria está a ser desenvolvida e posta em prática.
A Vigília a Observação a Meditação sobre si mesmo, está a transforma-lo, digamos que a persistência em estar Desperto está a abrandar a mente, a separar o trigo do joio, a sua essência, a sua Realidade, da sua ilusão.
A mente agora está a perder poder, credibilidade, assim sendo os seus pensamentos são agora constatados como meras nuvens que vêm e vão, que possuem a credibilidade que quiser atribuir. Ainda nesta fase, a Observação está a atrai-lo ao momento Presente, e com isso vive-lo cada vez mais permanente.
A identificação com a mente o tempo, quer seja problemas no futuro, ou no passado, memórias traumas discussões passadas, tudo está a perder importância, a sua importância reside agora em aceita-los, tomar Consciência pelo que são e não pelo o que julgamos ser. Lenta/mente o desapego está se manifestando, contudo existe uma fase no processo pelo qual todo o Homem têm de passar, a aceitação e o Amor-próprio por si mesmo.
Ele agora aceita e reconhece as feridas os traumas o sofrimento como algo legitimo algo que fez sentido num passado, que teve e serviu um propósito maior, o de se Consciencializar, o de Observar a Natureza dos mesmos.


O AMOR por si mesmo. O Amor tudo aceita, não julga e não condena, a aceitação é pura Observação é a sua Consciência que está a aceitar um lado seu inconsciente que fez parte de um processo maior. Nesta fase o Homem Ama-se e toma conta de si mesmo, como se fosse um Pai para com ele mesmo.
O papel de Pai é aqui mencionado, como sendo a parte de si que vai daqui para a frente ajuda-lo, no seu processo, o PAI é a Consciência de si mesmo, agora mais do que nunca você confia nesse seu lado Consciente, reconhecendo aos poucos e poucos, que isso sim é quem você Real/mente “É”.
A Mestria surge com o desapego a coragem e a confiança em seguir o seu Coração, em SER e ouvir a sua intuição em forma de pensamento que provêm da Consciência. Uma vez Constatado a Essência dos mesmos, o Homem não mais se identifica com a mente.
É então, que uma vez angustiado, triste, aborrecido, confuso, etc. Ele reconhece esse estado como sendo pensamentos que o distraiam do momento Presente, pensamentos que o puxam para fora do Presente e para dentro do tempo.
Quando assim é a Mestria acontece, a Luz acende-se e ele sente a vontade de pausar e aceitar esses pensamentos, sem julgamento ele os Observa, não os alimenta, não se identifica com eles, existe uma clara separação entre ele o Observador a Consciência, e o pensamento temporal, a credibilidade e importância é nula, deixando assim o desvanecer natural do pensamento ocorrer, libertando-se, do que em tempos o aprisionava.

Finalmente o rio inicia o seu abrandamento, o corrupio de pensamentos está agora a enfraquecer, a persistência na Observação no estado de Vigília, está a dar resultados. O seu exterior pode ainda aparentar estar caótico, os problemas podem aparentar ainda estar por resolver, contudo a Paz no momento está a SER restabelecida, é você que está a permitir isso mesmo. Em simultâneo a tudo isto a Vida está a tomar conta de si, e do que intitula de “problemas”.

É por esta altura que o Obvio ganha Vida, que a Vida começa aos poucos a fazer cada vez mais sentido, a mente já mais calma, permite ter a visão e a clareza sobre a Vida, e o que pensávamos ser já não é para SER apenas o que “É”.
A Magia se intensifica, e os frutos de quem sempre teve a Liberdade na sua mão, estão agora a lentamente a ser manifestados.

É importante que o Homem reconheça que o processo que antecede esta realização, é um processo de coragem de confiança, honestidade, e de humildade para com a vida. Que independente/mente do que possamos pensar, alegar, sobre a situação exterior, sejam quais forem problemas que incidem fora de si, eles são o que são, e não o que pensamos serem. A VIDA a sua Consciência jamais o abandonará, escassez, falta, insuficiência, é algo que a VIDA quando Consciente dela própria jamais conhece, e experiencia. O desapego é uma fase dolorosa, para a mente mas não para a Consciência, é uma fase de libertação sobre o que em tempos o aprisionava.

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