quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Homem que encontrou Deus

O Homem que encontrou Deus

Em tempos, numa cidade dita moderna vivia um Senhor, seu nome era Henrique. O Henrique era hoje um adulto, culto, com posses, e extremamente realizado. Tudo corria bem na sua vida, a casa, o trabalho, os amigos, familiares. O seu relacionamento com a Vida era de facto um relacionamento abundante e preenchido, contudo algo o perturbava.

O simples facto de nunca ter conhecido DEUS, fazia lhe confusão, porque razão haveria DEUS de se esconder da sua criação? Perguntas como estas assombravam a sua mente e o seu estado de espírito. Certo dia, indignado com a falta de provas, por parte da religião para com a existência de DEUS, e por consequência a ausência da presença de DEUS na Vida, resolveu colocar mãos á obra. Daí adiante, procura-lo ia, ele mesmo essa figura tão mítica que todos proclamavam como sendo o Criador de tudo e de todos.

Durante a sua procura, as questões que tivera em tempos foram surgindo com maior frequência, principalmente a questão: “Porque razão está DEUS escondido e ausente das nossas vidas?”. Este era de facto o seu maior dilema, um dilema que o levara á procura dessa mesma resposta.

Independentemente das desgraças das injustiças e de todo a miséria que pudesse existir no mundo, a Vida mesmo assim, aparentava-se lhe, SER bela, abundante, e mágica. O Planeta, visto pelos seus olhos era um local lindíssimo, onde a seu ver, todos podíamos habitar e usufruir. Contudo a ausência de provas de DEUS era de facto uma peça fundamental, para que tudo isso fizesse sentido.O puzzle da Vida parecia assim estar incompleto, de alguma forma, sabia que se conseguisse encontrar essa peça fundamental, tudo haveria eventualmente de fazer sentido, incluindo as partes consideradas “desagradáveis e negativas no mundo”.

Após pesquisas, estudos e leituras intensas, Henrique continuava, sem obter respostas concretas. Contudo de uma forma ou outra, toda a sua aprendizagem e análise de religiões, escrituras sagradas, ou correntes filosóficas, apontavam de certa maneira para uma verdade mais profunda e intensa, ainda por descobrir, que residia no seu interior. “Olhar para dentro” essa seria talvez a chave essencial, que toda a sua análise lhe divulgara. A resposta estaria dentro de si e não fora. Esta nova perspectiva, confundia-o, pois as escrituras indicavam que a resposta que tanto procurava, estaria dentro de si.

Como poderia o seu interior, procurar a resposta e em simultâneo possui-la?

Este paradoxo assustava e confundia o Henrique, porém ponderou na hipótese disso ser real e possível. Uma vez honesto para consigo mesmo, reconheceu que “não sabia” se tal era realizável ou não.

Foi então que decidiu “olhar para dentro”, contudo esse seu olhar para dentro, inicialmente era bastante difícil, pois uma vez mais, reconhecia que “não sabia” como fazer, como olhar para dentro. Mas Henrique era de facto persistente para com a suas descobertas, e o facto de “não saber” servia de energia para querer saber.

Então aos poucos e poucos, com leituras, conversas com amigos, que começou a compreender esse seu mundo interior, e com isso finalmente entender o que significava olhar para dentro.

Feliz por ter descoberto esse seu mundo interior, Henrique confrontava-se agora com um novo dilema. O conhecimento Real de si mesmo, conforme foi olhando para dentro de si, foi descobrindo aspectos “seus” que jamais pensaria possuir. Entre emoções e sentimentos maravilhosos, Henrique observava agora os seus traumas, medos, ansiedades, e incertezas. Muitas dessas emoções estavam presos dentro de si, agora vistos e observados por si, pareciam ser avassaladores.

Com o passar do tempo, Henrique apercebeu-se de algo na sua vida, algo muito estranho poderoso e surpreendente. Conforme o Henrique se observava, e constatava o que se passava no seu interior, emoções, pensamentos, opiniões, ou sentimentos. A sua realidade exterior ia mudando, um mudar que indiscutivelmente estava relacionado com o seu interior.

Era como se uma nova dimensão existisse, uma dimensão até então desconhecida. A dimensão intitulada por muitos como “iluminado”, uma Nova Consciência estava prestes a emergir, e Henrique estava estupefacto com a simplicidade do mesmo.

Ainda durante este seu período de aprendizagem, Henrique apercebeu-se de uma voz. Uma voz interior, suave, doce, e meiga. Uma voz que de certa forma ouvira em seu tempo de criança, mas que esquecera-se, essa sua voz era a voz de DEUS.

Uma vez Consciente dessa voz, Henrique descobre que a voz e ele são UM, e que a voz é o seu Coração a sua Consciência e por fim DEUS. Extasiado com a sua descoberta, Henrique compromete-se a seguir o seu Coração pois reconhece naquele momento que a honestidade de seguir o seu Coração o leva e o conduz a uma Nova dimensão, ao novo Mundo.

Um Mundo mágico, onde quem o conduz é o Coração e não o ego. Neste momento Henrique liberta-se dos seus receios, e com a luz da sua Consciência, apercebe-se que a peça do puzzle está concluída. O mundo é de facto Belo e Maravilhoso, porque a Vida é de facto Bela e Maravilhosa, todo o sofrimento, injustiça e agonias, são agora vistos como fruto de uma crença interior do Homem para com a Vida.

Desde então Henrique vive a “sua” Vida em prol do seu Coração, sem julgamentos, sem medos sem agonias, dando Amor a si mesmo e a todos os outros, porque descobriu que ele, você, nós, e eles, somos a VIDA, “UM” tendo Consciência de si mesmo.

J

PAZ

O que nos revela a Vida

O que nos revela a Vida?

De certa forma todos os Mestres nos incentivaram a Observar a Vida, nas diversas religiões, como o Cristianismo, Budismo, Hinduísmo, etc. Está directamente ou indirectamente mencionado o acto de Observação, como factor essencial á percepção e entendimento ao sentido da Vida.

Vigiai, disse Jesus, Contemplai disse Krishna, Meditai disse Buda, todos eles realçaram a importância da Observação, na vida de cada um.Podemos deixar em aberto que tal mensagem, estimula a possibilidade de que a Vida possui algo para nos revelar e mostrar, provavelmente o seu “verdadeiro sentido”.

Porquê Observação? Porque na Observação está o poder do discernimento, o poder de ver a Vida como ela real/mente “É”.

Quando Observamos a Vida, quer seja uma emoção, um sentimento, uma situação familiar, de trabalho, de lazer, ou apenas uma paisagem. É nos possível constatar 2 formas distintas de o fazer. A Observação pode ser conduzida de forma Consciente, ou de forma inconsciente, ambos conduzem a resultados diferentes. A Observação Consciente, está isento de interpretações, isento de pensamento, julgamentos e opiniões, a Observação Consciente apenas contempla, constata assim a Natureza a essência do momento e da realidade.

A Observação Inconsciente, é a Observação pelo qual a Vida é alvo de pensamento, julgamento e opinião. Neste caso a Vida é condicionada, e algo é adicionado á realidade e a essência da Natureza.

Em qualquer dos casos a Observação “Consciência” antecede ambos. Isto significa que homem possui livre arbítrio na Interpretação ou não interpretação sobre o que Observa.

Ora ele, Observa com interferência da mente, e com isso o pensamento, julgamento ou opinião surge, interferindo e rotulando a natureza da realidade Observada. Ora ele, Observa sem pensamento, sem opinião e sem Julgamento.Quando assim acontece algo lhe é revelado, algo incrivelmente óbvio, mas indescritível por palavras.

Alguém em tempos disse: “ A Vida não é apenas o pensamento, mas sim todo o momento”

Assim como as emoções os sentimentos, também o pensamento têm o seu lugar na Vida, como tudo resto. Mas como a frase indica, “têm o seu Lugar”.Isto significa o óbvio, o pensamento serve a vida, mas não é a Vida.

Encontrar um sentido na Vida, não é pensar na Vida mas sim contemplar a Vida, essa contemplação, Observação, Meditação, inclui tudo, porque tudo é a VIDA.

Inclui o seu pensamento, o seu julgamento, a sua opinião, e por fim você. Descobrir, significa ver algo que esteve em tempos “coberto” e que não era visível, nem perceptível. A Vida têm algo para nos revelar que está presente nela mesma, em si mesmo, e Observação é a “chave” para revelação.

O pensamento serve a Vida, como o arado serve terra. Utilizar o pensamento para o seu propósito que é servir, é SER sábio. Utilizar o pensamento para conduzir a sua forma de viver, é deixar de SER Vida para passar a ser o arado.


PAZ

Espiritualidade

Espiritualidade


A Espiritualidade, têm servido de rótulo para todo o tipo imaginação e de crenças.


Se observarmos a Vida em sociedade, podemos constatar que tudo parte, 1º da imaginação seguindo-se a crença sobre a mesma. O processo da criação demonstra isso.



A cadeira onde está neste momento sentado é prova disso, o Homem primeiro imaginou, depois acreditou, colocando de seguida a sua crença em prática, concebeu a cadeira.


A espiritualidade assemelha-se a este processo, a imaginação seguindo-se a crença e depois a validação do mesmo, em prova viva.

A validação tem que necessariamente ser sinónimo de experiencia, sem experiencia não existe validação. De nada adianta afirmar, que está neste momento a pilotar um avião, quando não é essa a experiencia do momento.


Na Espiritualidade tudo aparentemente é válido, mas nem tudo é validado, prova disso são as inúmeras divergências que existem no mundo da Espiritualidade, as religiões demonstram isso mesmo. Uns alegam para a esquerda, outros para a direita, uns para baixo, outros para cima. A divergência faz então parte do processo pelo qual o Homem alcança a validação. Isto porque a primeira cadeira inventada no mundo foi alvo de correcção e rectificação, assim o é com a espiritualidade, digamos que o homem, têm de primeiro experienciar a não validação para alcançar a validação.


Porém, para inúmeras pessoas, a não validação parece não ser necessária, e regem assim as suas vidas em prol da crença apenas.


A Vida tem nos ensinado que a Vida é em si simples e prática. Uma cadeira com 4 pernas, das quais uma é bastante mais curta, facilmente entrará em desequilíbrio e sua funcionalidade será posta em causa. Assim é a Vida, ora as coisas funcionam ou não funcionam tão bem.


A Espiritualidade quando não validada, não experienciada, serve o homem de forma incompleta. A imaginação seguindo-se da crença, é apenas uma parte do processo, sem validação sem experiencia o Homem permanece estagnado na credibilidade por ele depositada.


A credibilidade é muitas vezes sinónimo de fé, e a fé é indiscutivelmente uma alavanca um patamar uma ponte entre o Homem e o Objectivo. Sem fé o Homem não atinge o Objectivo, a primeira cadeira que surgiu no mundo, surgiu devido á fé. O Homem acreditou na concessão do mesmo, e coloca mãos á obra de forma a experienciar e validar o mesmo. A Espiritualidade permite nos o mesmo, colocar “mãos á obra” é abrir nos á Vida, permitindo assim a experiencia.


A Espiritualidade só poderá servir a Humanidade se o seu objectivo for prático e funcional. Quer isto dizer que a procura de um sentido para a Vida é sinónimo de realização, que por sua vez é sinónimo de Felicidade.


Viver em prol de uma crença, é apenas parte do processo. Viver em prol de uma experiencia, é validar a sabedoria sobre o mesmo, isso sim é o fim do processo, e o inicio da sabedoria.


Paz

O que fazer quando nada funciona

Quando algo na vida não funciona, assim o é, porque a vida pretende mostrar-lhe algo. Algo que está na origem do porquê do mesmo. Quando somos confrontados com uma situação o qual não corresponde as nossas expectativas, tendemos a sentirmo-nos desmoralizados tristes e sem ânimo, por instantes interrogamos a Vida o porquê do mesmo, mas a resposta muitas das vezes não aparece.


Quando criamos expectativas na Vida distanciamo-nos do Presente momento, a expectativa incide sempre num resultado que ainda não se concretizou, encontrando-se em algum ponto no futuro. A sua vida torna-se assim “incompleta” de certa forma separada, a distância entre você e o objectivo pretendido, cria assim o descontentamento de não o ter alcançado.


Não devemos viver a nossa vida em prol de expectativas pré concebidas, isto é de resultados pré concebidos, podemos sim viver a vida com expectativa sobre o Presente, esse sim é novo e mágico a todo o momento, tudo é original no Presente e apresenta-se sempre pela primeira vez.


Contudo é nos legítimo questionar porque razão as coisas não funcionam, coisas que á partida fariam todo o sentido que funcionassem e por alguma razão deixaram de funcionar.

Quando assim é, a ferramenta mais poderosa válida e eficaz face tal dilema é a Honestidade. A Honestidade nestas alturas é muitas das vezes ignorada e passa para segundo plano, pois a mente tenda sempre a precipitar-se dando palpites constantes sobre o sucedido. Contudo a Honestidade quando aliado á humildade, torna-se a Luz que incide sobre o que em tempos estava obscuro.


Como aplicar a Honestidade sobre algo que desconhecemos?


Simples/mente admitindo a sua inconsciência face ao sucedido. Peço que preste atenção, quando admitimos a nós mesmos que não sabemos o porquê do mesmo, quando somos honestos e humildes o suficiente para admitirmos o nosso “não saber” a nossa inconsciência, algo de muito poderoso acontece, a pessoa permite espaço, presença e a acção da Consciência face ao mesmo. Por outras palavras a Vida em si teve Consciência do seu lado inconsciente, tal acto é de extrema mais-valia e tremendamente valioso. A pessoa permitiu que o seu lado Consciente tomasse Consciência do seu lado inconsciente, a Vida em si pode então mostrar-lhe o porque das coisas, porque você assim o permitiu.


A fé ou o acreditar na Vida é um factor fundamental para todo aquele que se inicia, porém com o passar do tempo a pessoa lentamente constatará a natureza e a veracidade do mesmo através de experiencia própria.


Quando procedemos para com a Vida de forma Honesta e humilde, a Vida mais cedo ou mais tarde revela-nos a resposta ao dilema por nós questionado. Por norma toda dificuldade, tristeza, aborrecimento, e contradição, existe para nos mostrar a natureza dos mesmos, ou seja o porquê do mesmo.

Não está propriamente em causa a solução do problema de forma a faze-lo funcionar, mas sim a Observação e a Consciencialização do porquê do mesmo.


Conforme vamos evoluindo no nosso processo espiritual vamos também evoluindo na tomada de Consciência, ambos são de facto o mesmo.

Quando assim acontece o Homem constata a natureza do mesmo, e com isso lenta/mente se torna mestre de “si” mesmo, todo o processo assemelha-se á seguinte parábola:


“Certo dia, um homem que vivera toda a sua vida acomodado num quarto escuro, se cansou, e na tentativa de conseguir uma explicação para a sua vida resolveu agir, consoante se mexia nesse mesmo quarto, mais se magoava, pois as quedas derivados a obstáculos eram uma constante. Com o passar do tempo as quedas foram lhe revelando a natureza dos mesmos, e com isso a luz no quarto foi se intensificando, até que chegou o dia em que o quarto se tornará todo ele luz”


Um homem que vive num quarto iluminado jamais se magoa, pois conhece e sabe onde estão os obstáculos e qual a natureza por detrás de tais obstáculos.


Seja honesto consigo mesmo e verá que com determinação “devoção á Vida” a Luz do seu quarto também ela se acenderá.


PAZ

Como descobrir o sentido para a Vida

Como descobrir o sentido para a Vida?


Para descobrir o sentido para a Vida, temos que necessariamente presenciar o seu oposto, quer isto dizer que todo aquele que busca um sentido na Vida, têm de primeiro vivenciar uma Vida sem sentido.


Quando a Vida deixa de fazer sentido, a procura e o desejo pelo sentido da mesma se inicia. É juntamente com essa vontade de querer saber mais, de procurar a verdade pelo qual estamos aqui, que as questões e abertura ao mesmo se faz sentir.


O Homem por momentos coloca a hipótese de não saber, e com isso a curiosidade e a humildade de reconhecer que não sabe dá lugar a abertura e á vinda do novo.

Contudo o novo só lhe poderá ser revelado, se o espaço em si assim o permitir, esse espaço é o espaço com o qual ele se identificou.

Por outras palavras a sua identidade terá que ser colocada em causa, observada pelos olhos da sua consciência, a fim de desmistificar a origem e a credibilidade do mesmo, a questão é então colocada da seguinte forma.

Quem sou eu? O que faço aqui? E o que é a Vida e qual o seu sentido?

Todas estas questões só poderão ser respondidas através de si, só você pode se auto realizar. Contudo a realização só é possível com presença e espaço, uma presença e espaço que só poderá existir quando desmistificado toda a natureza das coisas.


Isto significa que para aceder-mos ao sentido da Vida temos que saber o que é a Vida, por outras palavras temos que saber quem somos, pela simples razão que nós somos a Vida, fazemos parte dela. Logo o inicio da nossa “procura” deverá ser em nós mesmo, sempre em nós, e não no mundo, não nos amigos, na família, no emprego, em nada exterior a nós.


A pessoa mais importante na Vida para si, é você mesmo, é em você que reside a sabedoria e as respostas às questões colocadas, contudo como pode você responder a tais questões se você não sabe quem é?


Se você alegar que sabe quem é como vida que é, o espaço e a presença que supostamente deveria existir, não permitirá a revelação, e o surgimento das respostas.


A auto realização requer a existência de “ferramentas”:

* Vontade, disciplina, e compromisso.

* Humildade, Honestidade.

* Coragem para seguir o coração.


Descobrir o sentido da Vida é descobrir quem você É, tal descoberta requer empenhamento dedicação e algum “egoísmo”, a verdade não está fora de si, mas sim dentro de si, escutar os outros ou exterior, quer seja um amigo uma religião um desconhecido ou um familiar, pode conter alguma verdade, mas essa verdade terá que fazer sentido no seu coração não no intelecto. A experiencia será sempre a prova dos nove, é a sabedoria face ao que foi experienciado que valida o que foi em tempos acreditado ou por e simplesmente dito.

A ajuda de um mestre espiritual pode muito bem-fazer parte, contudo ele deverá sempre ser um espelho do que você experiencia-a e constata na realidade.




PAZ