quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O relacionamento do Homem com o mundo

O relacionamento do Homem para com o Mundo


A sociedade desde o inicio dos tempos que transmitiu ao Homem a forma pelo qual se deveria viver em sociedade.

Foi assim ensinado que a valorização do Individuo na sociedade seria uma prioridade e que o mesmo só poderia ser adquirido por conquista. Todo este conceito transpôs e substituiu a hipótese remota de viver em prol do colectivo.


A Identidade atribuída ao indivíduo depressa revelou a existência de uma personalidade, como se de um SER separado se tratasse.

Fora então transmitido que a valorização do indivíduo ditava o estatuto e a importância do mesmo face ao colectivo, e ao mundo que o rodeia. A valorização passa assim a ser na maioria dos casos a prioridade do indivíduo, a conquista de valorização dita assim a atenção do indivíduo para com o Mundo.


Em tempos alguém disse: “onde estiver a sua atenção está a sua realidade”


A realidade do Homem passa então a ser o exterior, a busca e a conquista incessante de valorização, quer em forma de estatuto social, quer por forma de bens materiais, são alvo de uma constante cobiça e desejo pela aquisição do mesmo, tudo em prol de uma imagem individual que a sociedade fez questão de ditar como factor primordial de sucesso e de felicidade neste Planeta.


O relacionamento do Homem para com mundo é então um relacionamento de acumulação, de conquista e aquisição, tudo em prol de uma felicidade, que parece nunca chegar por definitivo.

A acumulação de dogmas, ideais, estatuto social, bens matérias, lenta/mente o distraem da sua essência, da criança que em tempos fora, a sua ingenuidade depressa dá lugar a uma mente agitada, premeditada, e compulsiva, que procura incessantemente uma nova conquista para se rejubilar, contudo o contentamento pela aquisição da conquista depressa se revela efémera, pois a felicidade por detrás da conquista é uma felicidade ilusória e momentânea.

As suas características são características finitas, com principio meio e fim, o bem material, ou estatuto social, adquirido revelam-se assim incapazes de satisfazer o indivíduo de forma plena e contínua.


Todo o Homem que deposita a sua felicidade em algo, condiciona a sua felicidade, isto porque a felicidade não pode ser depositada em algo, porque todo “algo” possui características temporais, com principio meio e fim, tudo no mundo exterior muda e se transforma.

Contudo partilhar felicidade com algo, não significa depositar a felicidade em algo, são conceitos opostos. Partilhar significa experienciar, ser UM com o momento da partilha quer seja aquisição de um carro ou a nomeação para um cargo elevado numa empresa, em qualquer dos casos o Homem pode vivenciar a felicidade, sem nunca se condicionar e aprisionar ao “objecto ou nomeação” em causa.


Quando dizemos á vida que só seremos felizes quando conquistarmos algo, estamos a condicionar a nossa Vida a esse mesmo algo. A Vida é sinónimo de Felicidade e nem um nem outro podem ser condicionados, só o podem ser de forma ilusória.


O relacionamento do Homem para com o Mundo têm sido um relacionamento ilusório, sempre em busca da felicidade, uma felicidade que ele fez questão de condicionar e depositar em “algo”.


Parar, e olhar para a Vida é constatar a natureza das coisas, é observar e observar-nos a nós mesmos como sendo co-autores dessa mesma Vida, é olhar para dentro de nós e reconhecer que a felicidade não se busca, VIVE-SE.

O discipulo perguntou ao mestre

Certo dia o discípulo perguntou ao mestre

Mestre qual a formula para a realização?

O mestre de forma muito subtil respondeu.

Não existe formula para a realização, contudo existe uma observação.

O discípulo confuso perguntou.

Observação? Observar o quê?

A Vida.

Respondeu o Mestre.

Mas eu já Observo a Vida, e não me sinto realizado!

O Mestre em seguida serenamente perguntou.

O que observas, e como Observas?

O discípulo, meio baralhado, disse.

Observo com os meus olhos, e observo a Vida.

De seguida o Mestre respondeu.

Todo aquele que procura a realização através dos olhos físicos, jamais se realizará, pois os olhos físicos são fruto da realidade fazem parte de um corpo e de uma mente, por consequência não vês a realidade, mas sim uma pequena parcela efémera da mesma.
Os olhos físicos, percepcionam apenas o reino das formas, dos objectos, o reino dual, a separação torna-se assim óbvia entre o sujeito que observa e o objecto observado, esses olhos jamais percepcionam o reino do Espírito e da Alma. Para vislumbrares a fragancia da realidade eterna, tens de Observar o Presente Momento com os olhos da Consciência, a testemunha de ti mesmo, esse sim é o Observador, são esses os olhos mágicos que te revelam a realidade. Inclui-te no filme da Vida, e verás que a separação entre a "tua" personagem e o resto que vislumbras, é fictícia e ilusória, com persistencia e dedicação, ser-te-á então revelado a tua essência.

O discípulo, estupefacto com a resposta do seu mestre, resolveu fazer a experiência, sem pensar, e apenas auto contemplando-se a si, e a tudo á sua volta. Constatou para seu espanto, que com os olhos da "sua" consciência, por breves instantes contemplou a película momentânea do filme da vida no qual estava inserido. Imaginou-se actor neste palco da Vida, e contemplou tudo e todos como sendo fruto da sua imaginação, como se de um sonho tratasse. Maravilhado com a experiência, dirigiu-se ao seu mestre, e com um sorriso na cara disse:

Mestre hoje finalmente partilhamos os mesmos olhos, posso de facto tomar consciência de mim e tudo o que me rodeia, e nessa perspectiva tudo são formas incluindo o meu corpo.

O Mestre sorriu, abraçou-o e de seguida exclamou:

Vive segundo a Consciência, e em breve alcançaras o que te é inato por por Natureza, porém verás que esse estado natural foi lentamente esquecido, para dar lugar ao ego, ao pensamento e á crença compulsiva de que estás separado, que por sua vez distraí-te da realidade. Deverás então por iniciativa própria iniciar um compromisso para contigo mesmo, de forma a que um processo de auto interrogação e de vigília sobre a tua mente e os teus comportamentos, te levem a discernir a natureza das coisas e com isso separares a realidade da ilusão.

A desmistificação do ego, é sinónimo ao renascimento da Vida em ti.



De forma mutua, olharam um para outro com carinho e contemplação.

Somos UM

Um pedinte que se cansou de pedir



Certo dia um pedinte, que durante toda a sua Vida pediu, cansou-se de pedir. Durante todo o seu percurso pediu, pediu ao Universo e á Vida, tudo o que desejava. Inicialmente os seus desejos eram de certa forma pequenos e humildes. Uma boa casa, um bom carro, uma boa esposa, um bom negocio.
Contudo os anos foram passando, e nada saciava o seu desejo de querer mais, e assim se manteve, desejando mais e mais, até que chegou o dia em que se interrogou.
"Toda a minha vida desejei e pedi, e tudo me fora dado, contudo nada parece saciar esta sede de querer mais e mais, a felicidade que tanto desejei, parece não existir, sinto-me um pedinte face a tamanha ilusão, após tantos desejos tornei-me hoje milionário e nada no exterior me satisfaz na plenitude do meu SER, continuo mergulhado na ilusão interminável de querer mais e mais. Será a felicidade Plena, uma utopia?".

Naquele momento o vento trouxe com ele uma voz, suave e doce que sussurrou a seguinte frase:
"Felicidade não se procura, nem tão pouco se deseja, felicidade Vive-se UM com o Momento, as expectativas e o desejo retiram de si o mais valioso que a Vida têm para lhe oferecer, que é o Momento, o Aqui e o Agora, a Vida Mágica que é vislumbrar a Originalidade de estar Vivo, onde tudo o que contemplamos é sempre pela primeira vez, e a Consciência sobre o mesmo transporta-nos de novo, ao fascínio de voltar a SER Criança".

Nisto o Homem milionário, que se sentira um pedinte, apercebeu-se da tamanha loucura que fizera com a sua Vida. A felicidade jamais poderia ser pedida, o simples acto de pedir significaria a ausência do mesmo, uma ausência que em tempos o levara a cair na ilusão que necessitava de algo para o preencher, quando na realidade nada no exterior o poderia preencher. Voltar a SER criança significaria voltar a viver o Momento, a Vida com fascínio, criatividade, sem condicionamentos, sem preocupações, e sem desejos. Passaria então a SER de novo a criança que Vive a Vida Apenas e só apenas com Vontade de a Viver, sem julgamentos, sem preconceitos, sem receios, Um com o Momento.

Nesse exacto momento, toda a sua historia foi substituída pelo momento, o desejo cessou e com isso a Magia de estar Vivo neste Planeta se revelou.

Um dialgo entre Pai e filho



Certo dia um menino perguntou ao seu Pai.
"Porque razão vivem os adultos em constante reboliço?"

O Pai olhou para o filho e disse.

"Não julgo que estejamos em constante reboliço, apenas estamos atarefados com a Vida, ela assim nos exige".

O menino pausou e de seguida exclamou.
"Mas nós somos essa Vida Pai! somos nós que exigimos a nós mesmos".

O Pai estupefacto com a resposta do filho respondeu.
"Quando crescemos a Vida tenda a complicar-se, com isso surgem as responsabilidades".

Indignado com o que o Pai lhe dissera, reflectiu e em seguida disse:
"A Vida tenda a complicar-se? sim! de facto nós como vida tendemos a complicá-la. Obrigado Pai, por momentos julguei que não soubesses a resposta"

O Pai baralhado, pausou, humildemente e com um sorriso nos lábios concluiu:
"Obrigado eu, pois na tua resposta está a simplicidade, e a resposta a todos os Problemas"

Estar no Presente ou escapar á "realidade"?



Estar no Presente ou escapar á "realidade"?

Esta questão têm sido colocada, por inúmeras pessoas em todo o mundo, que de uma forma ou outra sentem um apelo, em procurar algo que faça sentido para as suas vidas.
Estar no Presente de certa forma transmite nos um ignorar as responsabilidades, um ignorar os problemas que nos rodeiam. Contudo estar no Presente não significa o ignorar a Vida, pelo contrário estar no Presente significa abraçar a Vida e as responsabilidades.

Quando estamos no Presente, a natureza da Vida é nos revelada, e com isso surge a correcta percepção dos "problemas", somos assim conduzidos e convidados a vislumbrar a essençia das coisas, e como elas funcionam. A perspectiva muda, e o que em tempos não fazia sentido, hoje faz. A seguinte metáfora, "despertar de um sono profundo" ,foi utilizada porque de facto ela simboliza e bem, a actual situação da Vida, foram inúmeros e são inúmeros os que mencionam este sono profundo em que o homem mergulhou.

O acordar desse sono intitulado como "sonho da separação", só pode ser concretizado no "Agora no Presente Momento", a persistencia do Homem em se manter no Presente, terá como resultado o "seu" despertar, pois soltará as amaras e as correntes que o prenderam ao Tempo, passado e futuro.

O Presente momento não lhe retira os "Problemas", o Presente momento mostra-lhe a "raiz e a essencia ilusória dos Problemas". Isto não significa um virar costas aos Problemas, significa sim um aceitar a enfermidade do mesmo, sabendo que tudo passa, e que a manifestação da mudança a qual você assiste, não é quem você "É".

Escapar, significa ignorar algo, estar no Presente jamais ignora, estar no Presente aceita, Observa, contempla, e por fim age em conformidade com a vontade da VIDA, do seu Coração.

O tempo, é de certa forma irmão dos problemas, romper o tempo é acordar da ilusão que temos problemas, que somos finitos, que somos condicionados, com principio meio e fim. O principio, meio e fim é a manifestação da Vida, decorrendo á velocidade da LUZ, apenas isso a manifestação, de pensamentos encurralados uns pelos outros, num corropio temporal, o qual o você pode e deve assistir.


Não existe escape, porque não existe nada para escapar, quem tu realmente "ÉS" jamais poderá escapar, o próprio conceito de escape, surge na mente, por vontade da mente apenas, a mente teme assim o presente, contudo nós não somos a mente.

Viver o Presente é a única forma de Viver, tudo resto não é viver, viver fora do Presente, é sonhar um sonho de que estamos perdidos, separados de casa, e condicionados a um tempo, que teima em nos distrair do real significado que é viver neste Planeta.

PAZ

domingo, 6 de setembro de 2009

Um canalizador Iluminado veio ao Mundo

Um canalizador Iluminado veio ao Mundo.

A alguns anos atrás um SER iluminado veio ao mundo. Conforme ia crescendo, ideias provenientes de quem partilhava uma perspectiva diferente pela vida, iam surgindo. O seu comportamento face a todos os outros, distinguia-se de forma muito subtil, pois algo na sua presença era deveras diferente e convidativo. Uma Paz, uma alegria, e a manifestação de uma serenidade sempre Presente, acompanhava-o, o seu olhar, e a calma com que interagia com o próximo, era de uma beleza indescritível.

Certo dia, um conceituado médico das redondezas adoeceu, e as tentativas de o curar deu inicio a um reboliço de internamentos, operações, e medicamentos. Contudo nada o curou, e o conceituado médico manteve-se acamado, sempre na expectativa de que o próximo médico que surgisse, o curasse. Os anos passaram, e o médico perdera a esperança de ser curado, com isso a expectativa também ela desvaneceu, e no seu lugar ficou apenas o momento. A Vida para o conceituado médico deixou de fazer sentido, acamado e sem esperanças de melhoras, julgou-se impotente para com a própria Vida. Foi então que ainda nessa fase da sua vida, que algo inesperado aconteceu, os canos da sua casa de banho se romperam, e a água depressa alagou a casa de banho. A necessidade, era agora de um canalizador, para resolver o problema. Ainda naquele dia, o Canalizador deslocou-se á casa do conceituado médico a fim de arranjar os ditos canos. Durante a sua visita de trabalho, o médico sentiu a necessidade de desabafar todo o seu trauma, e a situação actual onde se encontrava.

Durante as 2 horas que o levaram arranjar os canos, o canalizador enquanto trabalhava, escutou-o atentamente. No final do seu trabalho, o canalizador dirigiu-se ao médico, e colocou-lhe a seguinte questão:
"Em toda sua vida, o Sr. sempre viveu em prol de uma expectativa, hoje a vida retirou-lhe a expectativa, e com isso ficou apenas o momento, o que vê o Sr. neste momento?"

O médico confuso, pausou, pois a questão de ver o momento sem expectativas, era deveras uma experiência nova, e única. Após algum tempo, de forma simples e natural exclamou:
"vejo a Vida"

O Canalizador com um sorriso nos lábios, perguntou-lhe:
"E o que há de errado neste momento com a Vida?"

O médico pausou e não queria acreditar.
"Nada, não existe nada de errado com vida, com este momento"

O canalizador, sentou-se ao seu lado na cama, com um sorriso e um brilho no olhar, exclamou:"A doença é um estado mental, é um estado inconsciente da Vida para com a própria vida, pois no momento nada de errado ou de doente é real, apenas a Vida é Real, apenas a Consciência sobre o próprio momento é Real. Vive o momento, pois é nele que tu estás, fora dele está ilusão, de quem procura o que nunca esteve perdido.

Não julgais, nem tão pouco crieis expectativas de melhoras, pois na expectativa, está a separação de algo que nunca esteve separado. Não existe cura para ti, porque não existe doença em ti".

O canalizador levantou-se e com Amor despediu-se do médico.Naquele momento a VIDA do médico se transformou, ele trocará a expectativa pelo o eterno momento que é Viver o Agora. Com a rendição á vida, e ausençia de controlo sobre a mesma, o espaço e o tempo tomaram o seu lugar por direito, e a doença que em tempos tivera fazia agora parte de uma memória.

Feliz, o médico, prometeu a si mesmo que o passado e o futuro, seriam apenas isso, memorias e expectativas, do qual ele já não fazia parte. Com isso a perspectiva sobre a Vida mudou e floresceu nele a Magia de SER e estar sempre no Presente.

Um Louco que procurava Deus.

Um louco que procurava Deus

Certo dia um Louco que procurava Deus, resolveu empenhar toda suas poupanças e energia, na procura de Deus. Foi então que se lembrou de fazer uma viagem, uma viagem que o levasse de encontro a Deus. O objectivo de o encontrar, faria com que a sua reputação aos olhos de todos os outros se distinguisse, seria galardoado, e homenageado, se de facto pudesse provar a existência e a veracidade de Deus.

Cheio de entusiasmo partiu em busca desse mesmo sonho. Por entre rios, vales e montanhas, caminhou sem descanso, mas em nenhum lugar encontrava Deus. De repente lembrou-se que as religiões, uma vez porta vozes de Deus, sabiam onde o encontrar, decidiu então em se juntar ás religiões, na tentativa que um mapa, ou a informação necessária lhe fosse dada a fim de encontrar Deus. Contudo todo este seu esforço o levara em vão, e como se não bastasse fora tomado como um Louco, pois a ideia de procurar Deus, era inconcebível, aos olhos dos ditos entendidos na religião. Deus jamais se revelaria a um mero Humano, seria necessário anos de prática espiritual e de devoção a Deus, para que ele pudesse se mostrar.

Continuou a sua viagem, desta insatisfeito por tudo o que tinha passado, infeliz e cansado na sua procura, resolveu desistir do seu sonho. Já de regresso a casa, chorou por não ter sido capaz de concretizar o seu sonho, e se envergonhou do sacrifício em vão que fizera.

Uma vez em casa, após uma refeição quente e saborosa, dirigiu-se ao alpendre e deitou-se na rede que em tempos o aconchegara.

Um silêncio se fez sentir, e durante a melodia de um grilo, adormeceu.

Foi então que começou a sonhar, para espanto seu, o sonho parecia extremamente real, tudo, incluindo o chão o aroma o vento a audição e o tacto pareciam de facto reais, ao ponto de se esquecer que estava a sonhar. Durante o seu sonho um menino lhe apareceu.
"Que fazes tu aqui?" perguntou ele ao menino.
"Porque perguntas?" respondeu o menino, rindo-se em seguida da sua pergunta.
Indignado com a pergunta do menino, ripostou. "estou preocupado, pois és pequeno para andares sozinho na rua"
O menino riu-se novamente, e exclamou. "não te lembras?"
"Não me lembro do quê?" perguntou ele, curioso pela resposta.
"Estás a sonhar, e eu sou fruto do teu sonho"

O louco, não queria acreditar nas palavras que ouvira, mas de facto a resposta do menino de certa forma pareciam ser verdadeiras.

"como posso estar eu a sonhar, isso significaria que tudo á minha volta é fruto minha imaginação?"
"Sim, tudo é fruto da tua imaginação, incluindo eu"
Pausou e por um momento lembrara-se que de facto estava a sonhar, e que a vida lhe permitira ter esse sonho. De seguida o menino sussurrou-lhe ao ouvido. "Deus não se procura, Deus vive-se, ele vive através de ti, de mim, de nós, e de todos, e a única coisa que nos separa dele, é o sono profundo e colectivo onde todos sonhamos que estamos separados, quando na realidade somos um"Nisto um grilo saltou para cima do Louco, acordando-o subitamente do sonho que estava a ter.

Ainda estupefacto com o sonho, lembrou-se do que o menino lhe dissera, e naquele instante contemplou tudo á sua volta como sendo sua própria criação. Sorrindo, e feliz por ter encontrado em tudo e em todos Deus, olhou para outro lado da estrada e contemplou o mesmo menino do sonho, agora desta correndo na relva atrás de uma borboleta, gritando. "Mãe! mãe! olha é a Vida que está voando"

Finalmente a sua procura o trouxera ao inicio da sua curiosidade, a Vida é este momento Mágico, onde tudo acontece sempre pela primeira vez.

PAZ

Certo Dia um Viajante perguntou á Vida...

Certo dia um viajante perguntou á Vida, o que é a vida?
A Vida não lhe respondeu. Indignado, o viajante continuou a sua viagem.
Pouco tempo depois o viajante lembrou-se, novamente de questionar a Vida.
Mas desta, pausou na tentativa de escutar e apreciar uma eventual resposta.
Para seu espanto, a Vida continuara a não lhe dizer nada.
Confuso e triste pela ausência de respostas, sentou-se á beira de um rio.
Após algum tempo de contemplação, as expectativas de querer saber o que é a Vida, desvaneceram.
De repente o desejo cessou, e a vontade de querer saber deixou de existir.
Foi então que na ausência de expectativas, de desejo, que um vazio se apoderou da sua alma.
Um vazio, que despoletou o receio do desconhecido, contudo foi a curiosidade de aceitar esse medo,
que o libertou.
O Vazio deu assim lugar ao novo, á Magia, que é ser preenchido pela Vida.
Revelando-lhe assim o que é a Vida.
O Viajante reconheceu assim o óbvio que em tempos não era óbvio.
Levantou-se e disse a ele mesmo a seguinte frase:
A Vida é apenas o momento, e só o momento, em que vida se contempla a ela mesma
como sendo esse mesmo momento.

Somos UM, auto reconhecendo-se como UM

PAZ

A Felicidade veio ao Mundo

A felicidade veio ao Mundo

A felicidade veio ao mundo, e bateu á porta, na tentativa de entrar. Mas só alguns escutaram esse toque tão suave, que só a felicidade sabe entoar.
A felicidade bateu com mais força, na esperança de encontrar.
Mas novamente só alguns sentiram o aroma de um novo dia, que estava prestes a começar.A felicidade pediu permissão, se podia entrar.
E todos os que o reconheceram, apressaram-se a dizer que sim.Pode entrar.A felicidade gentilmente mostrou algo de novo. E todos contemplaram com um brilho no Olhar.
Foi então, que a felicidade sussurrou aos ouvidos, de todos aqueles que quiseram escutar.
É a Vida, que é mesmo assim, basta contemplar. Em toda esquina, e em todo espaço, está algo original e criativo, a desabrochar.
No momento, está a Vida, está a mudança, está a criatividade, em forma de LUZ, que se está a manifestar.Vós sois essa mesma Luz, e esqueceste de te contemplar.
Olhai pela primeira vez, para ti, tudo e todos, e vereis o que estou a falar.
Estou falando apenas da mudança que assistes, e teimas em ignorar.
Ela contem, a veracidade e a realidade que é estar VIVO.
O Pensamento também ele faz parte, e podes observar.
Não julgais que ele te pertence, pois ele também faz parte da mudança.
Que podes assistir, sem te apegares.
Olhai de NOVO e vereis que tudo muda, incluindo o teu corpo e o teu Olhar.
Por fim, verás que o fim é apenas o principio, de um Novo começar.
Tudo Muda excepto o OBSERVADOR desse mesmo Ciclo
Que é quem és...

Amor
Que em tempos resolveu sonhar...

PAZ

Etapas no processo Espiritual

(As Etapas que aqui descrevo são apenas da minha experiência pessoal, e a veracidade do mesmo só mim me diz respeito, contudo a partilha das palavras que se seguem remete a uma temática não dual, quer isto dizer que se existe alguma "verdade" a ser descoberta, essa "verdade" está dentro de si e não fora).

Etapas no Processo Espiritual

Podemos afirmar que falar em etapas no processo Espiritual, se assemelha ao crescimento de uma semente, que durante o seu processo de crescimento encontra várias fases distintas. Assim como Homem nasceu da junção de um óvulo com um espermatozoide, a semente que une á terra, também ela dá origem a Vida, tornando-se Árvore. Durante o seu Processo de Crescimento etapas são ultrapassadas de forma a permitir o evoluir do mesmo.

A semente uma vez colocada no chão vislumbra a LUZ, mas depressa com a vinda da chuva faz rumo ao solo. Contudo a semente só tornar-se-á, Árvore e Vida, se germinar e com isso romper o subsolo, toda a semente que se mantenha, por baixo do solo jamais saberá o que é o verdadeiro significado de SER Vida.

Todo Homem veio ao Mundo para SER feliz, assim como a parábola da semente, ele Homem também vislumbrou a Luz enquanto criança, e acreditou que o mundo podia SER, um Mundo feliz e mágico. Contudo são inúmeros os que permanecem debaixo do solo, e não acreditam no sonho que em tempos tiveram enquanto crianças.

A etapa inicial, é de facto a vinda a este planeta enquanto criança. Uma criança que na sua maioria das vezes demonstrou ser feliz, contudo é ainda antes da vinda ao planeta que a Criança obtém informação energética, através do DNA, das emoções, dos sentimentos e pensamentos que a Mãe experiência enquanto grávida.Todas as fortes emoções, sentimentos, receios, choques, pensamentos, e ideias, são assim transmitidos pela conexão directa da Mãe ao feto em forma de energia, uma energia que será revelada mais tarde no subconsciente e nas atitudes da Criança para com a Vida. A medida que a criança cresce, o seu sonho de SER feliz, é alterado e incutido o sonho colectivo da sociedade, a criança desenvolve uma identidade, e com isso o ego ganha uma vida ilusória, criando assim a crença na separação da criança para com Mundo.Ainda durante o crescimento, a Criança lentamente se esquece do Mundo mágico que em tempos presenciou, para agora se envolver num mundo de separação, confusão, repleto de dogmas, ideias e pensamentos.

Situações de conflito entre o meio que presencia são assimilados, traumas, ressentimentos, acontecimentos familiares, amigos ou desconhecidos, toda a informação é lentamente assimilada, como uma esponja que absorve agua, também a criança absorve agora toda a energia.É lhe ensinado, e incutido que agora, separado do todo, a vida se rege com parâmetros inversos, a vida consiste no acumular de energia, quer em forma de conhecimento estatuto, bens materiais etc. O agora sentimento de estar separado, induz-o a crer que é um ser imperfeito e incompleto, fazendo com que a crença no ego se auto perpetuo e fortifique o conceito ilusório de estar separado.

Julgando assim que é um SER que necessita e carece de algo, é então que já adolescente o jovem Homem mergulha na ilusão que é a corrida dentro do tempo, sempre em busca de algo, quer seja um bem material, estatuto social, académico. A valorização individual face a uma sociedade que reflecte a importância da individualidade, e não o do todo.

É nos ensinado que quanto mais temos, mais somos, vivendo sempre em prol de um exterior que ditou as regras. É então o acumular de energias, em forma de pensamentos, ideias, dogmas, receios, e crenças, que faz com que lentamente o Homem coloque, as capas e as mascaras sobre o que em tempos era visível, a sua pureza, inocência e originalidade, que só em tempos de criança era lhe inato demonstrar.Todo este acumular, lentamente a seu tempo revela-se supérfluo sem significado e um fardo demasiado pesado de sustentar, criando assim um sentimento de sacrifiçio para com a Vida.

A Etapa que se segue, é deveras uma das mais importantes, Agora já Adulto e "maturo" a etapa consiste na tomada de Consciência que algo na Vida não faz sentido, o que em tempos foi transmitido pela sociedade, está agora de alguma forma "errada", não funcionando bem. A duvida de que algo mais possa existir, e que a Vida "esconde" a possibilidade de SER vivida de outra forma é posto em causa. Pela primeira vez em muito tempo o Homem abre-se de forma genuína á Vida, permitindo a ele mesmo, o reconhecimento que ele próprio e a sociedade podem estar "enganados - iludidos". Com esta abertura ele reconhece também que tudo que aprendeu e assimilou pode não servir o presente, e abertura ao Novo, á Vida, pode e deve ser feita.

A próxima etapa, A abertura ao Novo, lentamente se faz sentir, a prioridade passa a SER ele enquanto essência consciência e honestidade que é, a sua vontade em querer saber mais, conduz-o á experiencia. Em simultâneo a sincronicidade toma o seu lugar, coincidencias deixam de ser coincidencias, pessoas livros e informação chegam na altura no momento e no sitio certo. Contudo com o passar do tempo, o entusiasmo de quem se julgou no processo espiritual como alguém evoluído, depressa se revela como algo transitório e efemero, a vida continua a não corresponder inteiramente às sua expectativas.

Nesta fase o ego ainda está muito presente, a crença de que somos um individuo separado é indiscutivelmente forte, e com isso o tropeçar no processo Espiritual é uma constante, a vida está a demonstrar que o "caminho" que seguimos não é propriamente o mais "correcto". É então reconhecido que o exterior são meras setas e símbolos, que apontam para uma verdade bem mais profunda, e interior, uma verdade agora aceite como única e "individual". Aquele que reconhece nesta fase a possibilidade de que a verdade está em si, e não no exterior, lentamente revela uma fé indescritível no desconhecido, mas paradoxalmente sabe que existe "algo" em si que sabe, que o processo vale a pena e que a loucura de seguir em frente faz sentido. A palavra loucura de certa forma começa lentamente a fazer parte desta fase pois para a mente (ego), o desconhecido é de tamanha loucura e por consequencia medo. Ainda nesta fase o Homem reconhece aos poucos e poucos a Natureza do medo, como sendo uma ilusão que o amarra ao passado ao futuro e á ilusão.

Tal como a metáfora da semente e o solo, o Homem nesta abertura volta a romper o solo e com isso vislumbra por escassos momentos a LUZ, e apercebe-se o que é realmente viver neste Planeta, em parte reconhece essa LUZ como sendo ele mesmo, como sendo criança pela primeira vez, e lembra-se da sua infância. Mas é a ausência a identificação com o tempo e o sono profundo que faz com que o Homem fique confuso perante tal LUZ, a LUZ o ofusca e a Beleza indescritível por palavras o deixa baralhado. O ego se apressa a catalogar e a objectivar a experiência como sendo de pouca credibilidade, e de uma loucura sem precedentes.

A etapa que se segue é a da "tomada de decisão", é classificada como a etapa mais importante em todo o processo, pois a tomada de decisão consiste no "SIM" por parte de todo aquele que possui a vontade de ir até ao "fim", sem a tomada de decisão o Homem jamais ascenderá, contudo paradoxalmente essa Tomada de decisão já foi realizada muito antes da "sua" vinda ao Planeta. Quando o Homem diz sim á VIDA, e reconhece a a sua "ignorância" fase ao mesmo, a abertura é agora consolidada de forma firme e concluída, e ele se compromete a ele mesmo com mesma a vontade de saber, o que lhe é legitimo saber.

Nesta fase o passo mais importante é dado, pois é semelhante a chave que entrou na fechadura e abriu finalmente a Porta.

Uma vez aberta, compete agora ao Homem seguir em frente rumo ao desconhecido ao "abismo" ao Vazio. Pois nesta etapa a LUZ vai incidir sobre a Ilusão e com isso a desmistificação completa do "ego", a etapa mais densa e importante de todo o processo, intitulado por alguns, como a travessia pelo deserto, o recolhimento, e por fim o verdadeiro renascimento.

São inúmeros em todo o Mundo que já romperam o solo, mas que voltaram para trás, sabem de certa forma a existência da porta, sabem que possuem a própria chave que abre a mesma, contudo o medo do vazio, do "abismo" e do desconhecido, leva-os a pausar e a continuar a viver de forma ilusória. Também "sentem e sabem" que mais tarde ou mais cedo o momento chegará, para que seja revelado a SABEDORIA do MESTRE e com isso finalmente descansarem de forma sublime na Unicidade e êxtase que é realmente VIVER a VIDA.

A travessia do deserto, culmina na chegada ao Oásis, do inicio que não é inicio, e do fim que nunca foi fim, o despertar de um sono profundo, é o resultado dessa travessia. Uma vez já no Oásis a VIDA VIVE-SE FORA DO TEMPO DA ESPECTATIVA, LIBERTO como sempre foi É e será. A PAZ o AMOR a COMPAIXÃO a ETERNA e INFINITA CRIATIVIDADE EXPANSIVA são a morada definitiva de "quem" alcançou este estado. As etapas de "quem" atingiu o que sempre lhe era inato, são parte de uma ilusão que fez sentido enquanto ilusão.

A VIDA chega assim a casa, uma chegada que nunca se realizou pois a Vida nunca se ausentou. A VIDA viu a LUZ e reconheceu que sim, ela era, é, e sempre será essa LUZ.

Nota: "As etapas aqui descritas, estão de forma muito generalizadas e resumidas".

PAZ