terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Vivemos e Observamos um Mundo...


Vivemos e observamos um Mundo, o qual na sua superfície não nos identificamos. Guerras, pobreza, doenças, escassez, injustiças, crises, terrorismo, receios, desilusões, sofrimento, etc. São faces da existência que não reconhecemos como fazendo parte integrante, do que consideramos ser Belo, e com sentido. Somos na maioria das vezes, conduzidos a comentar as desgraças de um Mundo que nos serve de palco para a nossa existência.
Um Mundo que na sua essência se revela Mágico deslumbrante e Maravilhoso, onde a Criação a todo o Momento, se transforma em Luz e sombra, uma transformação inexplicável por palavras, apenas contemplada por Presença.
É então que podemos questionar porquê esta realidade, uma realidade que não faz sentido ao Coração, porquê esta divergência entre o palco onde tudo se encena e a peça em si?

A resposta a esta pergunta só se fará sentir na humildade e honestidade de quem reconheceu que “não sabe”, quem finalmente admitiu a si mesmo que “não sabe” o porquê do mesmo.
É no “não saber” que a abertura ao Novo se concretiza, o “não saber” é o primeiro reconhecimento que proporciona a curiosidade em Saber.
A Beleza a Magia o Encantamento que a Natureza e o Mundo nos apresenta, têm a sua origem no seu interior, a sua raiz está no seu íntimo. Assim o é, também a com sua sabedoria, ela está no seu interior pois é lá que está, a sua honestidade, a sua Consciência, não existe maior sabedoria que a humildade de reconhecer a sua Honestidade. A honestidade é então a ferramenta pelo qual adquirimos sabedoria, pelo qual o processo se manifesta.

Vivemos e observamos um Mundo, onde a Observação, partiu de um Homem que se julga separado, eu aqui e o mundo ali. Questione-se e volte-se a questionar, sem questão não existe resposta, sem questão não existe abertura, sem questão não existe entendimento. Verá que viver uma vida sem questões, num mundo que não faz sentido, é como viver um sonho onde se julga perdido. Ramana Maharshi e muitos outros incentivaram a esse questionamento, porque o auto questionamento permite a reflexão, a abertura a experiência, e validação. Uma validação que lhe é legitimo querer validar, contudo é necessário a vontade e a persistência de se auto questionar, para dar lugar ao espaço onde reside a sabedoria, e possa assim se manifestar.

Existe um Lugar...


Existe um lugar, onde a Liberdade se ergue para lá do pensamento… onde a liberdade escolheu, Viver sem condicionamento… Solto como o vento, não mais se apegou á mente…

Virou costas a uma vida, vivida em vão, para reconhecer que ser Livre, é sim, seguir o Coração…

Existe um lugar, onde só a coragem pode lá chegar… Escutar o Coração, conduz-te a esse local… Um sítio de Paz e sabedoria, que aos olhos do pensamento, jamais existiria…

Sê louco pela Vida, e verás esse lugar, como sendo o Aqui e Agora, basta contemplares… Não! Diz o pensamento, proveniente de uma mente banal… Esquecendo-se assim que a Vida, é a Magia onde tudo é Original…

Existe um lugar, onde tudo na Vida acontece pela primeira vez… Uma magia, onde a criação se manifesta em tudo e em todos, jubilando por saber quem “É”…

Uma consciência de quem acordou para a Vida e descobriu a simplicidade do momento, um olhar, uma Observação por viver sem condicionamento…

O Fim do Mundo...

De facto muito se fala, acerca do fim do Mundo, já o Cristianismo de uma forma ou outra mencionava o fim dos tempos, o Calendário Maia fala-nos de uma profecia que aponta para fim do Mundo no ano 2012.
Enfim o corrupio de escrituras, filosofias, religiões, e pensamentos compactuam de certa maneira com esta tese.

De facto todos eles têm a sua razão, contudo parece haver um desentendimento, uma divergência quanto a sua data. “Para quando?” Podemos nós questionar.
A resposta é simples, para já, para este preciso momento. Sim o FIM do MUNDO é para este instante, um instante que não Pará. Neste preciso Momento, o Mundo tal e qual como o conhecemos acabou, findou, passou, morreu e expirou. Isto pela simples razão que o Fim do Mundo que as escrituras tanto mencionaram, está na tomada de Consciência para com o Obvio, a Vida “É” o momento mágico onde tudo acontece, tudo morre e tudo nasce neste preciso Momento.

O Fim do Mundo que tantos falaram e proclamaram consiste na tomada de Consciência para com a Vida que se desenrola neste momento, e não fora dela. De facto o “período” que atravessamos aponta para um Despertar colectivo do Homem para com a Vida, esse Despertar é fruto de um forte abalo que a própria Vida está a causar a si mesma.
A sociedade dita moderna, está neste momento fora do momento Presente, isto porque, o Homem mergulhou de forma tão compulsiva com o “tempo – Passado e Futuro” que esqueceu-se do Presente, identificado com a mente, ele projecta e sonha compulsivamente com um futuro melhor, ou então vitimiza-se e queixa-se de um passado, que alega persegui-lo a toda a hora. Tudo isto conduzo-o a esquecer se do momento Mágico onde tudo acontece, o Presente.

A frase “Fim do Mundo” é literalmente a Verdade Pura e Nua do que “É” a VIDA. A Vida consiste num contínuo Renascimento de si mesma, o passado é nada mais nada menos que a morte e o Fim de algo que ocorreu no momento, e o Presente é nascimento e o Começo de algo que provem de um Futuro. Tudo na Vida comprova-o, Tudo MUDA os seus pensamentos, as suas acções, o seu corpo, o seu carro, a família, as flores, etc.

O Mundo tal e qual como o conhecemos está constantemente a findar, Nada permanece igual, a Vida é essa transformação, e a tomada de Consciência disso para consigo mesmo.

Actualmente são inúmeras as pessoas que por e simplesmente questionam a Vida, porque razão existe a crise, a dificuldade, o aborrecimento, a doença, o stress de conseguir sempre algo, a Vida está de alguma forma a Conduzir-nos a Todos a introspecção, ao Momento Presente, de forma a pausar, e reflectir a nossa Presença neste Planeta.
É então nessa pausa que a Vida se encontra a ela mesma, o Homem só encontrará sentido para a Vida no momento Presente, isto porque só o momento Presente é Real e nada têm a esconder, nele não existe preocupação aborrecimento e stress, tudo o que possamos alegar como stress aborrecimento ou preocupação é fruto de um pensamento que se projecta no passado ou no futuro, quanto muito existe um “não Saber” que uma vez reconhecido, abrir-lhe á portas para a vinda do Novo.

PAZ

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando a “espera” interpõe-se com o Presente

Quando a “espera” interpõe-se com o Presente



Na maioria das pessoas a “espera”, têm vindo cobrir o momento Presente. Isto porque o próprio conceito e significado por detrás do termo “esperar”, remete a uma atenção que incide num futuro.

Estar á “espera” de algo, significa que ainda não possuímos esse algo, logo o homem espera no intuito de alcançar esse mesmo algo.

Não existe nada de errado com esta forma de viver, contudo ela têm demonstrado que não serve a Vida de forma plena e feliz. Quando estamos á espera de algo, a atenção tenda a incidir sobre esse algo que ainda não possuímos, logo a atenção á VIDA, ao momento PRESENTE se ausenta.

Vejamos, o João pode muito bem ter trabalhado com a intenção de concretizar um negócio, o seu trabalho foi executado com dedicação e empenhamento, em prol da realização do mesmo. Nesse momento o João, criou a expectativa de alcançar esse objectivo, e com isso a atenção sobre o mesmo é inevitável. A concretização do mesmo depende agora, a seu ver do cliente que pode ou não aceitar o seu trabalho.

Durante o período de tempo em que o João está á espera, a sua atenção intensifica-se e com isso surge a preocupação de conseguir ou não o objectivo. É realmente neste estado, que o Homem troca a Vida Presente para sobreviver em prol de um futuro, a sua vida passa então a ser uma sobrevivência, em vista de um objectivo que ele mesmo delineou. Um Objectivo que agora está fora do seu alcance, mas sim na sua mira, ilude-o de forma a distraí-lo do momento “PRESENTE”.

A “espera” têm assim vindo a revelar-se como uma corrente que aprisionou o Homem ao objectivo em causa. Toda a “espera” faz parte de um processo maior que é a VIDA, mas como o termo diz faz parte de um processo, não é o processo mas sim parte do processo, compete a si saber se deseja permanecer nessa espera.

Esperar por algo é como permanecer imóvel para com o verdadeiro sentido que é Viver a VIDA em comunhão com ela mesmo.



Podemos ter esperança, e em tempos o tivemos e temos e eventualmente teremos, mas mesmo a esperança terá que um dia lentamente se libertar, para que na ausência de “espera”, apenas o momento permanecerá, e nele está a VIDA.

A respiração, o canto, o silencio, a intuição, a criatividade, a emoção, o sentimento, a originalidade que brota do momento, e que nos revela algo de mágico, que é VIVER no AQUI e no AGORA neste Planeta.



PAZ

Quando o "Não Saber" se torna SABER

São inúmeras as vezes em que o Homem, não sabe como vai ser, ou como fazer no futuro. O não saber é realmente uma característica essencial da Vida, contudo o ego, o Homem julga e pensa a todo o momento que sabe. Juntamente a este saber, está a necessidade de controlo sobre o futuro.

Porém a Vida demonstra-nos que “não saber” é um estado natural da própria Vida, é algo inato e pertencente á própria Vida. O “não saber” é algo óbvio mas muitas das vezes ignorado, por parte do ego. O Homem tenda sempre saber no momento Presente, o que vai suceder no futuro, por isso mesmo ele planeia, e organiza quais os passos a dar.

O “não saber” é Vital para a Vida, isto porque é na surpresa, na espontaneidade, originalidade que a Vida se desenrola, é nessa incógnita que surge o Novo e a Magia de estar Vivo.

Quando afirmamos que sabemos, o novo não é constatado, e a sua revelação ocultada. Tudo isto em prol de um pensamento que teima em afirmar que sabe. Mas a Vida têm vindo a demonstrar que nada sabemos, e que a insistência no simples “julgar saber”, nos conduz a um ciclo vertiginoso e stressante sem saída. Prova disso é a suposta vida que julgamos ser vida, e que se está a manifestar em todo o mundo, a teimosia em afirmar que sabemos está a conduzir-nos a um ciclo cada vez mais evidente. Um ciclo onde o tempo aprisionou a mente ao objectivo que foi julgar saber algo fora do momento, que intitulamos como futuro.


O que intitulamos como tempo é então esse “julgar saber”, o Homem julga que sabe, pensa que sabe, como vai ser o amanhã, como controlar a sua vida, as suas finanças, os seus relacionamentos, etc. Todo este “julgar saber” está a entrar em colapso, pois a “suposta sabedoria” aniquila a Vida, aniquila a originalidade e a vinda do novo, isto porque quando alegamos que sabemos, logo o novo é esquecido para dar lugar ao velho, ao repetitivo. Contudo a Vida jamais se pode aniquilar, e a persistência nesta ilusão conduz o Homem ao “seu” despertar.

Muitos estão lentamente a reconhecer este “não saber”, estão finalmente a admitir a sua incapacidade para com o controlo de si mesmo. Este controlar de si mesmo, está a desmoronar-se, e com isso a cedência à própria vida. O baixar as armas, para aceitar que “não sabe”, está finalmente após muita dor e sofrimento a tornar-se uma realidade, lentamente a coragem substitui esse saber, para dar lugar á fé, ao Coração, e á Vida. O que julgávamos saber deixa assim de fazer sentido, para dar lugar ao momento. Este reconhecimento liberta assim o Homem das amarras do tempo, liberta-o do futuro da ilusão que é viver em controlo de si mesmo.

O verdadeiro Saber é então revelado

A revelação surge com a abertura e a cedência dos velhos padrões de comportamento, a maior sabedoria é então revelada como sendo essa mesma “SABER que não sabe”, Saber que o que em tempos julgava saber, era apenas isso um julgamento um pensamento, e nada mais.O “Não Saber” torna-se assim a LUZ que o guia, neste estado a Vida se encontra Aberta á Magia, vivendo o momento de forma plena, com fé e coragem o Homem não ignora a Vida, mas sim, abraça-a admitindo que não sabe, ele permite que a Vida flua e lhe demonstre como Viver.

A Consciência está assim Livre para SER o momento, que sempre foi, É e será.



PAZ

Foi quando acordei

Certo dia, Sofia uma Mulher jovem passeava no jardim perto da sua casa, o hábito de passear era frequente e tornara-se assim depressa num ritual.
Nesse dia algo estranho e fora de vulgar aconteceu, Sofia interrogou-se sobre a sua própria existência, quem seria ela e qual o propósito da Vida? A questão que colocara a si mesmo pretendia uma resposta honesta, válida e simples. Sem teorias, sem memorias, sem limitações, algo que fosse indiscutível evidente e autentico, algo que fosse válido por experiencia própria, e não por influencia de terceiros.

Durante a sua caminhada, contemplando o Jardim e todo o espaço envolvente, Sofia deparou-se com algo óbvio, mas que de certa forma captou a sua atenção. A Vida á sua volta estava constantemente acontecendo, tudo estava sucedendo independentemente da sua Presença, apercebera-se naquele instante que tudo se assemelhava a um filme. O pássaro que esvoaçara á sua frente, o autocarro que buzinou fortemente nas traseiras do jardim, o raio de Sol que a ofuscara por momentos, e o riso de uma criança que brincava alegremente com uma bola no jardim.
Ainda durante este momento a atenção também ela se alterou, algo de certa forma claro e natural aconteceu, a atenção sobre o filme contemplava também a sua presença. Agora também o seu corpo fazia parte do filme, a sua personagem estava inserido no filme, e também a sua figura parecia estar constantemente alterando-se, os pensamentos as emoções os sentimentos tudo agora era um filme, que Observava cautelosamente.

Sofia apercebera-se que em si a testemunha da Vida era a sua Consciência, que a Consciência tudo albergava, incluindo o que ela intitulava como sendo ela mesma. Tudo estava, está e estará na sua Consciência, nada absolutamente nada, poderia se manifestar fora dela, toda a sua realidade tinha que necessariamente passar pela sua Consciência. Foi então que Sofia resolveu comprometer-se a simplicidade da sua Consciência, sabia que as respostas às suas perguntas teriam que surgir aí. Juntamente com esta decisão Sofia descobriu ainda a importância da Honestidade. Sabia também agora, que a honestidade seria a ferramenta pelo qual acederia às respostas.

Se “Agora” tudo era um filme do qual Sofia tinha Consciência então porque não Observar filme, estar atento a tudo e a todos incluindo-se a si mesma.
Sofia “sem saber” iniciou o “seu” processo de despertar, a capacidade de Observação foi revelando assim o que viria a SER o despertar de um sonho.

Hoje Sofia sabe quem “É” hoje acordou de um sonho que em “tempos” sonhou, para sonhar o sonho real que é estar acordado para Magia que é SER Vida


PAZ

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O que são emoções e sentimentos?

Quando nos propomos a ascender em Consciência, as emoções e os sentimentos tendam a revelar-se como obstáculos de forte influência sobre nós.
O seu papel para com a Vida é de facto fundamental, pois na maioria das vezes, são eles o grande impulsionador na tomada de Consciência da Vida sobre a própria Vida.

A influência das emoções e dos sentimentos na vida de cada um é de natureza permanente e constante. A Vida é de certa forma feita por emoções e sentimentos. Somos muitas das vezes guiados por essas mesmas emoções, as nossas decisões no dia-a-dia são muitas das vezes tomadas em prol do que sentimos, quer seja um sentimento ou uma emoção.

Uma vez que as emoções e os sentimentos possuem a capacidade de nos influenciar nas tomadas de decisão, faz então todo o sentido que o discernimento e entendimento sobre a Natureza dos mesmos sejam realizados.

Tal feito só é possível através de uma tomada de Consciência e honestidade sobre o mesmo.

O que significa estarmos Conscientes das emoções ou sentimentos? Estar Consciente, significa estar Presente, que por sua vez significa constatar, contemplar, meditar, e Observar o momento Presente em causa.
Quando assim o fazemos a natureza das coisas são reveladas. Toda a emoção, todo o sentimento é Válido, é uma manifestação da Vida para com a Vida, tudo é uma manifestação da Vida para com a Vida.
Porém a emoção e o sentimento podem reverter a um passado, mesmo manifestado no presente momento. Muitas das vezes o sentimento ou emoção incidem sobre uma memória, a sua validade é então uma continuidade de algo que já ocorreu. Assim sendo a sua continuação apenas permanece se assim o desejarmos, a validade incide agora apenas num sentimento e numa emoção que se encontra retido dentro de si, fruto de um resultado que acontecera no passado. A importância de não ignorar, mas sim o aceitar, remete ao simples facto que você como VIDA que é, não está ignorando se a si mesmo, mas sim aceitando as coisas como elas são, e não como julga ou pensa serem.


A emoção o sentimento, podem ser provenientes de raiva, ódio, ciúme, inveja, desespero, angustia, etc. Todos eles são válidos, quer isto dizer que todos eles existem dentro de si, com uma razão apenas, o de despertar a Vida em “si”.
A emoção o sentimento quando relacionado com o passado, existe apenas para SER constatado, aceite e Observado, quando assim o fazemos, quer em forma de choro, gargalhada, ou solidão, a energia em forma de emoções e sentimentos é canalizado, desprendido, solto e livre, o desapego sucede-se e a identificação com um passado cessa, desobstruindo a energia estagnada em si, retomando e orientando assim o fluxo natural da VIDA.

A Vida é um fluxo contínuo, onde tudo é Novo e original, o velho pertence ao passado, e o novo pertence ao Presente momento. No preciso momento que lê estas palavras, a magia de uma Vida que nunca Pará, está constantemente revelando-se.

É nesta revelação que a Natureza das emoções e sentimentos, se contrariam, ora são provenientes de um passado, manifestado no Presente. Ou então fruto de um Presente que brota do momento. O Paradigma reside, na identificação com ambos, porque de facto ambos em tempos fizeram parte do todo, contudo só um realmente pertence á magia do novo, só um significa realmente Viver.

Todos eles são válidos pelo que valem, um mostra-nos o significado do velho, e o outro mostra-nos o significado do Presente. Um reside na prisão, no apego, e na identificação com algo que já passou, o outro reside na magia do Presente a essência de quem realmente somos.

A Vida é o todo, e só no Presente é possível a sua manifestação, tudo acontece no Presente quer seja um sentimento passado quer seja uma Emoção original do Presente, compete a si avaliar a natureza de ambos, e optar em qual deles quer viver.

A Emoção e o sentimento que floresce do momento Presente, como único original e divino, assemelha-se a gargalhada do filho, a carícia do parceiro, o canto de uma ave, o vislumbre de uma estrela cadente, o telefonema de um amigo, ou a simples contemplação sobre a Vida.
Em tudo podemos viver essa emoção esse sentimento, a abertura á Vida permite isso mesmo.

SER feliz, é SER um com o momento, onde tudo é novo e original.

PAZ

Onde nos Conduz a Ignorância?


Só existe dois resultados possíveis provenientes da ignorância. O seu reconhecimento, que conduz a um estado de sabedoria e com isso a Consciência sobre o mesmo. Ou a sua indiferença face á ignorância, que reverte a um maior grau de Ignorância, por outras palavras Inconsciência.

É então fácil de constatar que os resultados são distintos, um revela Inconsciência, e o outro Consciência. A Ignorância surge assim como um factor essencial para o florescimento de um, e a decadência do outro.

Quando desconhecemos algo, ou seja “não sabemos algo”. A nossa atitude perante o mesmo pode ser proveniente, de um estado Consciente ou Inconsciente. Quer isto dizer que podemos reconhecer que não sabemos, ou podemos por e simplesmente ignorar o facto que não sabemos.
Por outras palavras é nos possível ignorar a ignorância em nós. O livre arbítrio permite isso mesmo.

O reconhecimento da nossa ignorância, revela sabedoria, pois o Homem constata que não possui conhecimento, referente ao assunto em causa. Este estado de reconhecimento é sinónimo de autenticidade e honestidade para consigo mesmo, que por sua vez o conduz a um estado de Graça, de abertura e receptividade para com a Vida.

Quando alegamos que sabemos algo, que na verdade não sabemos, a chegada do novo não se pode realizar, isto porque todo aquele que alega saber, está preenchido e com isso fechado para a Vida.

A Vida dita, que para sabermos algo, temos de estar abertos e receptivos para a aprendizagem e constatação do mesmo.
O simples acto de andar de bicicleta, teve inicio num certo e determinado período da vida. Hoje aquele que sabe andar, nesse mesmo período esteve aberto e receptivo á experiencia, que foi aprender e experienciar o acto de andar de bicicleta.

A Vida é então, sinónimo de experiencia, o Homem têm de experienciar, para depois validar a sabedoria adquirida pelo mesmo.

São inúmeras as pessoas que actualmente, falam e mencionam um sentido para a Vida. Os mestres, os Gurus, correntes filosóficas e religiões, de uma forma ou de outra, mencionam isso mesmo.
Contudo o cepticismo juntamente com o: “eu sei” ou “eu não quero saber”, permanece na sociedade actual, de forma inalterável. São realmente poucas as pessoas que lentamente demonstram uma curiosidade, e honestidade face ao verdadeiro saber.

A própria palavra “verdadeiro” levanta as suas suspeitas, pois num mundo cheio de contradições, como saber onde está a verdade? o leitor pode muito bem neste preciso momento, questionar, o que significa verdadeiro? Como será possível realmente encontrar o verdadeiro sentido para a Vida? Como saber, que esse sentido, é o verdadeiro?

Todas estas questões são legítimas, e pertencem ao estado do “não saber”, porém podemos validar o saber, no momento em que sabemos. Para sabermos algo, como sendo verdadeiro temos que necessariamente experienciar esse mesmo algo.
Tomemos o seguinte exemplo:

O Leitor sabe que possui um ecrã á sua frente, não pensa, nem julga ter, um ecrã, a sua frente. Isto porque o ecrã que está a sua frente faz parte da experiencia do momento, uma experiencia que lhe é validada, pelas palavras que neste momento está ler.
Você o momento e o ecrã são “UM”, a Consciência e a experiencia do momento é Una, logo é verdadeira para si. Questionar esta verdade é questionar a própria veracidade da questão que o leva a questionar.
Diz-nos a experiencia, que a experiencia é Vida, pois sem ela, o simples acto de estar a ler neste momento, não seria possível.

Quando não sabemos, admitindo, esse nosso “não saber”, e reconhecemos o mesmo, a abertura é inevitável, pois o simples reconhecimento permite-nos esse estado.
Encontrar um sentido para a Vida, encontrar a razão pelo qual estamos cá, saber o que somos como Vida, é legítimo e uma questão fundamental na felicidade plena do SER Humano.

Abrir nos á Vida é reconhecer que a Vida é experiencia e abertura, uma abertura que nos conduz á Magia de estar Vivo neste planeta.
Dizer que sim, dizer que talvez, ou dizer que não, sem o SABER. Revela fecho para com mesma. Dizer eu não sei mas estou disposto a saber, é permitir-se a si mesmo á experiencia.

Não acredite nas palavras, mas sim na experiencia, valide por si mesmo, constate por si mesmo, então sim será sábio, porque sabe.

Compete a si, questionar-se, se sabe, se quer saber, ou se por e simplesmente não lhe interessa, o livre arbítrio é seu. Entre ignorar a ignorância, ou optar por reconhecer a mesma, vai um passo sublime, mas de certa forma gigante para com a sua Honestidade.

Não acredite nas palavras, mas sim na experiencia, valide por si mesmo, constate por si mesmo, então sim será sábio, porque sabe, o verdadeiro estado de graça que é o poder por detrás do “não saber”


PAZ

O que é a liberdade? E é você Livre?

Quantas pessoas é que realmente reflectem sobre esta questão? Na maioria dos casos tal questão não existe, nem sequer é alvo de reflexão.

O Homem na sua maioria vive, certo e convicto de tal resposta, ele pensa e julga saber o verdadeiro significado da liberdade.


Se questionarmos o homem, qual a sua opinião, acerca do verdadeiro significado da Liberdade, a resposta será unânime, a Liberdade consiste na opção de escolha que o Homem possui para com a Vida, é a capacidade de optar por qualquer acção, que desejar tomar.

Se perguntarmos se ele se julga livre? Na maioria dos casos, a resposta será sim, o Homem considera-se livre, de virar á esquerda, de virar á direita, de concordar ou não concordar, em tudo o Homem têm a capacidade e o livre arbítrio para com a vida.

Contudo se confrontarmos o Homem com uma situação desagradável, o parecer facilmente será outro, e contraditório. Vejamos o seguinte exemplo:


O despedimento colectivo numa empresa, facilmente coloca o Homem despedido, numa posição dual, isento de responsabilidades. Aqui o Homem, depressa julgará a situação em causa como culpa do Patrão, ou obra do destino. Nesta situação a liberdade deixou de existir, colocando-se assim numa posição de vítima, a liberdade cessou, e o que lhe aconteceu foi proveniente de factores externos a si.

Por outras palavras, quando algo corre “mal” na vida de uma pessoa, a reacção é na maioria dos casos, a seguinte: “a culpa é do estado, do amigo, da mulher, do filho, da divida, da crise, dos corruptos, do criminoso, do sistema, do destino, etc. etc.”

A responsabilidade passa então a ser exterior a si, e não uma responsabilidade sua.


Mais ainda, são inúmeras as vezes que o Homem inconscientemente toma decisões em prol do seu pensamento, digo inconscientemente, não porque ele não sabe o que está a pensar, mas sim porque desconhece a natureza do mesmo.


Vejamos o seguinte exemplo: “O João pretende chegar a casa cedo, após um longo dia de trabalho, depara-se com uma operação de Stop da briga de trânsito metros á frente, o seu pensamento de imediato é de receio, face a uma eventual paragem obrigatória por parte da polícia, numa tentativa de evitar o mesmo, faz inversão de marcha a fim de optar por outro caminho”.


A liberdade do João esteve condicionada, um condicionamento inconsciente, o João deixou de seguir um rumo em prol de um receio, o medo fez com que o João opta-se por outro caminho e por consequência condicionou a sua liberdade.

Nada absolutamente nada podia prever que a operação de Stop, realmente o obrigariam a parar, contudo para o João essa era a realidade dele.


Grande parte da Humanidade vive em constante medo da vida e de si mesmo. O Homem entra em guerra, devido ao desejo de ter poder, que por sua vez esconde o medo de não o ter. O mundo está como está, porque a o Homem vive uma liberdade condicionada.

Condicionada pela mente, pelos seus próprios pensamentos. A Hipótese de que ele é um SER livre na plenitude, e que tudo lhe acontece é da sua inteira responsabilidade, é posto de parte. Contudo ele é o co-criador da sua realidade, o Homem que fora despedido no exemplo acima mencionado, foi despedido, porque em certa e determinada altura da sua vida, ele assim o receou que acontecesse. O prório receio criou essa realidade, quando receamos algo, estamos literalmente alegar que tal pode acontecer, na nossa mente tal acontecimento é ponderado como possivel. Se classificarmos a mente como o lápis que escreve a nossa Vida, então a Observação meticulosa sobre a mente faz todo o sentido.


Conscientemente e Inconscientemente o Homem cria a sua realidade, digo inconscientemente, porque ninguém conscientemente se auto mutilaria, ou desejaria ser despedido. A Vida só o faria de forma inconsciente, não está na vontade da Vida auto mutilar-se. Prova disso é sua respiração que neste momento não Pará, a vontade da Vida é Viver e auto consciencializar-se o que é Viver.


Todo o pensamento, emoção, sentimento, desejo, pressentimento, julgamento e opinião interferem na liberdade e no processo de criação da realidade de cada um.

Mais ainda, a sua opinião neste momento, é prova disso, a liberdade concede-lhe concluir as ilações sobre este artigo, como falso, verdadeiro ou possivelmente verídico, é você que decide. Toda essa decisão, é fruto da sua experiencia para com a vida.

Porém a Honestidade revelar-lhe á, se o que leu neste texto, é alvo de experiencia sua no passado ou não. Quer isto dizer que, se nunca experienciou tais acontecimentos, se nunca auto Observou-se a si mesmo, ao ponto de relacionar tais acontecimentos. Então não pode alegar que é falso, quanto muito pode alegar que não sabe.


Convido o a essa introspecção, a Observar-se a si mesmo, olhar para dentro, e verá que os seus pensamentos, julgamentos, criticas, emoções, e sentimentos, estão de certa forma criando e moldando a sua realidade exterior. Verá, que o que pensa dos outros, ou até mesmo do exterior, coincide exactamente com o que pensa, porquê? porque você está criando a sua realidade.

“every step of the way”.

O Convite que a Vida lhe faz é, Observe e liberte-se dos seus medos, para então seguir o seu Coração.

PAZ

Uma vez Consciente o que fazer com o ego?

Antes de mais o estado Consciente, é um estado de pura transmutação. A Consciência se expande e ascende na tomada de conhecimento sobre si mesmo.


Quando atingimos o estado de Consciencialização face ao ego, um novo comportamento, e uma nova perspectiva para com a realidade surge. Ainda antes dessa realização, existe o período de honestidade, onde admitimos que não sabemos quem somos. É nesse estado de vazio e de abertura para com a vida (classificado como um estado de graça) que nos é revelado a nossa essência, a vinda do novo é então visto com a correcta perspectiva, a natureza das coisas revelada, e com isso crença de que somos seres separados desmistificado.


Uma vez Consciente, após validado e experienciada essa mesma realidade, que não somos apenas corpo e a mente, outro processo se inicia.

A mudança causa inevitavelmente a transformação, que por sua vez inicia um novo processo na Vida “daquele” que se realizou.


Digamos que a passagem de um estado para o outro se assemelha a seguinte metáfora:

…“Toda a sua vida viveu debaixo de água, convicto que só essa realidade existia, quando de repente se apercebe que outra realidade existe, a realidade fora de água”…

Na religião Hindu, tal metáfora é classificada como Maya, o Homem vive toda a sua Vida como se de um sonho se tratasse, quando de repente acorda.

No Cristianismo Jesus, remete para uma hipnose onde a Humanidade se assemelha ao rebanho que anda todo junto, e de repente uma das ovelhas do rebanho se ausenta, em busca dessa nova perspectiva.


O processo que se segue é o do equilíbrio, uma vez Consciente da sua essência, de quem realmente “É” coloca-se agora a questão de como viver a sua vida.

A seguinte frase têm sido proclamada vezes sem conta, “viver segundo a vontade do Coração”. Contudo o Coração só pode viver através do corpo e da mente, a Consciência teve de conceber toda a criação, a dualidade o reino das formas a fim de se auto conhecer e se realizar.

O ego, é então desmistificado, e a sua natureza se demonstra como sendo apenas uma crença em algo ilusório. Porém a exclusividade e originalidade do Corpo, mente, pensamentos, emoções e sentimentos, permanece de forma muito intensa na vida de “quem” se realizou. É então nesta etapa, que o equilíbrio se faz sentir, entre a natureza inata da vontade do coração, com a vontade ilusória de quem se julgou em tempos separado.



Pois é sua vontade, viver a vida segundo a experiencia que o corpo e a mente lhe podem proporcionar, esse é o verdadeiro propósito do MUNDO e da VIDA, servir-se a si mesmo.


Consciente disso, o novo processo se inicia, o de se manter “acordado” o de se “lembrar” quem você “É”. O ego é agora reconhecido como “uma ferramenta” que faz parte de si. A superioridade, a inveja, o medo, o ciúme, o mérito, o egoísmo, o julgamento, o preconceito, etc. são agora aspectos de um passado ilusório, uma realidade egoica, que hoje deixou de fazer sentido.


Invés disso, o Amor substitui tudo isso, para então, Amar tudo isso.

Isto significa, mesmo que tais aspectos surjam na sua vida, a simples constatação, Consciência sobre eles deverá conduzi-lo ao Amor por si mesmo, e não a Culpabilidade.

O Criador jamais julga a sua Criação, isso seria voltar adormecer, e a separar-se de si mesmo. Criador e Criação são UM, não existe separação entre DEUS e a VIDA, entre VOÇE e DEUS.

O que em tempos foi considerado ser real o (ego), hoje é reconhecido como uma ferramenta de valor incalculável.


Ame-se e volte-se Amar.


Com o passar do tempo, a tomada de Consciência e o equilíbrio será inato, e com isso um regresso a casa, um local onde a Vida em si nunca se ausentou.


PAZ