terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Vivemos e Observamos um Mundo...


Vivemos e observamos um Mundo, o qual na sua superfície não nos identificamos. Guerras, pobreza, doenças, escassez, injustiças, crises, terrorismo, receios, desilusões, sofrimento, etc. São faces da existência que não reconhecemos como fazendo parte integrante, do que consideramos ser Belo, e com sentido. Somos na maioria das vezes, conduzidos a comentar as desgraças de um Mundo que nos serve de palco para a nossa existência.
Um Mundo que na sua essência se revela Mágico deslumbrante e Maravilhoso, onde a Criação a todo o Momento, se transforma em Luz e sombra, uma transformação inexplicável por palavras, apenas contemplada por Presença.
É então que podemos questionar porquê esta realidade, uma realidade que não faz sentido ao Coração, porquê esta divergência entre o palco onde tudo se encena e a peça em si?

A resposta a esta pergunta só se fará sentir na humildade e honestidade de quem reconheceu que “não sabe”, quem finalmente admitiu a si mesmo que “não sabe” o porquê do mesmo.
É no “não saber” que a abertura ao Novo se concretiza, o “não saber” é o primeiro reconhecimento que proporciona a curiosidade em Saber.
A Beleza a Magia o Encantamento que a Natureza e o Mundo nos apresenta, têm a sua origem no seu interior, a sua raiz está no seu íntimo. Assim o é, também a com sua sabedoria, ela está no seu interior pois é lá que está, a sua honestidade, a sua Consciência, não existe maior sabedoria que a humildade de reconhecer a sua Honestidade. A honestidade é então a ferramenta pelo qual adquirimos sabedoria, pelo qual o processo se manifesta.

Vivemos e observamos um Mundo, onde a Observação, partiu de um Homem que se julga separado, eu aqui e o mundo ali. Questione-se e volte-se a questionar, sem questão não existe resposta, sem questão não existe abertura, sem questão não existe entendimento. Verá que viver uma vida sem questões, num mundo que não faz sentido, é como viver um sonho onde se julga perdido. Ramana Maharshi e muitos outros incentivaram a esse questionamento, porque o auto questionamento permite a reflexão, a abertura a experiência, e validação. Uma validação que lhe é legitimo querer validar, contudo é necessário a vontade e a persistência de se auto questionar, para dar lugar ao espaço onde reside a sabedoria, e possa assim se manifestar.

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