domingo, 31 de janeiro de 2010

A Vida é um processo Part 1



A Vida tal como conhecemos é um processo, toda a Natureza assim o valida. A Arvore símbolo da Vida revela-nos esse processo, desde sua nascença em forma de semente ela faz rumo ao solo para depois germinar e crescer, durante o seu crescimento etapas são ultrapassadas, de forma a atingir o seu propósito na Vida.

A Vida é então este processo pelo qual o Homem têm de ultrapassar etapas, desde muito cedo e ainda em criança é lhe atribuído uma identidade, um rotulo, um nome pelo qual ele é identificado na sociedade. É durante esta etapa que a formação, a identificação e crença no ego é desenvolvida, a criança julga e pensa assim que está separado do todo, o processo, as formas a sociedade e o mundo dual assim o demonstra, dá-se então o inicio do seu processo.

Durante o seu crescimento, a sociedade mostra-lhe um mundo e uma Vida de separação, onde a valorização é um conceito de “necessidade” face á realidade que agora Vive. Uma valorização que reside na individualidade e não no Todo, os seus alicerces são então fundamentados na Vida que o circunscreve, na manifestação exterior que ele vê e adopta como sendo a única realidade, verdadeira e válida.

É então transmitido que a felicidade e ele são conceitos distintos, ele sujeito e a felicidade Objecto, a felicidade encontra-se agora no seu exterior e separado de si. É por esta altura que nasce o conceito de posse, um conceito fortemente enraizado, e sinónimo de felicidade, é este conceito que substitui a sensação de estar separado e incompleto para com a Vida. O jovem inicia assim o que vêm a ser a sua maior busca, a felicidade.

Os primeiros namoros, os primeiros brinquedos, filmes, bicicletas, e roupas que possui, as férias que usufruiu, a escola por onde andou, tudo serve para a distinção dele para com o próximo, a sua valorização e felicidade é agora sinónimo de acumulação, quer seja em forma de experiencias ou em posses. O apego é por esta altura o seu modo de Vida, expressões como: a minha Namorada, o meu jogo, o meu telemóvel, são naturais e fazem parte do processo.

Conforme vai crescendo as etapas vão surgindo, já em fase adolescente ele apercebe-se da capacidade de criação que possui para com a vida, é então que se desencadeia a etapa da Conquista, uma etapa onde a criação é aliada á tomada e obtenção de algo, aqui a celebre frase é pronunciada (querer é poder).

Já Homem, o tempo é agora seu aliado, é através do tempo que o ego planeia, controla e esboça o seu futuro, a sua mente incide agora mais do que nunca no destino, no objectivo a alcançar. As expectativas são criadas, e com isso surge o apego, as correntes e o condicionamento que ele próprio permite a si mesmo. A felicidade que se encontra no objectivo a alcançar está agora condicionado a uma forma, a uma acção, a um objecto, etc. Em simultâneo a tudo isto o desejo de ter algo produz automaticamente o seu oposto, o medo de perder ou não alcançar esse algo.

É então que o jogo se intensifica, e o carrossel do tempo acelera, entre altos e baixos a felicidade demonstra agora ser momentânea, efémera, pois todo o objecto que está condicionado tem principio e fim, o carro que deseja ter hoje não é o carro que deseja ter amanhã. Lentamente ele sente-se aprisionado ao objectivo, e em simultâneo os problemas começam a surgir, quer familiar, social, saúde, ou então carência, stress, medo, juntamente com tudo isto um corrupio de tentativas em controlar o futuro, aumenta.
É nesta etapa que se antecede a abertura para com a Vida, pois Homem vê-se si próprio pela primeira vez numa encruzilhada, onde possui a opção de prosseguir com modelo em questão, ou então lentamente pára de forma a reflectir e a questionar-se sobre a Vida.
O processo agora está pendente de uma decisão essencial por parte do Homem, compete a ele escolher, contudo a mudança de optar por outra forma de viver requer coragem e abertura ao desconhecido, pois a Vida está a “pedir” a desistência de um modelo que já não lhe serve, para estar aberto ao novo, a uma Nova forma de Viver.

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