quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando o "Não Saber" se torna SABER

São inúmeras as vezes em que o Homem, não sabe como vai ser, ou como fazer no futuro. O não saber é realmente uma característica essencial da Vida, contudo o ego, o Homem julga e pensa a todo o momento que sabe. Juntamente a este saber, está a necessidade de controlo sobre o futuro.

Porém a Vida demonstra-nos que “não saber” é um estado natural da própria Vida, é algo inato e pertencente á própria Vida. O “não saber” é algo óbvio mas muitas das vezes ignorado, por parte do ego. O Homem tenda sempre saber no momento Presente, o que vai suceder no futuro, por isso mesmo ele planeia, e organiza quais os passos a dar.

O “não saber” é Vital para a Vida, isto porque é na surpresa, na espontaneidade, originalidade que a Vida se desenrola, é nessa incógnita que surge o Novo e a Magia de estar Vivo.

Quando afirmamos que sabemos, o novo não é constatado, e a sua revelação ocultada. Tudo isto em prol de um pensamento que teima em afirmar que sabe. Mas a Vida têm vindo a demonstrar que nada sabemos, e que a insistência no simples “julgar saber”, nos conduz a um ciclo vertiginoso e stressante sem saída. Prova disso é a suposta vida que julgamos ser vida, e que se está a manifestar em todo o mundo, a teimosia em afirmar que sabemos está a conduzir-nos a um ciclo cada vez mais evidente. Um ciclo onde o tempo aprisionou a mente ao objectivo que foi julgar saber algo fora do momento, que intitulamos como futuro.


O que intitulamos como tempo é então esse “julgar saber”, o Homem julga que sabe, pensa que sabe, como vai ser o amanhã, como controlar a sua vida, as suas finanças, os seus relacionamentos, etc. Todo este “julgar saber” está a entrar em colapso, pois a “suposta sabedoria” aniquila a Vida, aniquila a originalidade e a vinda do novo, isto porque quando alegamos que sabemos, logo o novo é esquecido para dar lugar ao velho, ao repetitivo. Contudo a Vida jamais se pode aniquilar, e a persistência nesta ilusão conduz o Homem ao “seu” despertar.

Muitos estão lentamente a reconhecer este “não saber”, estão finalmente a admitir a sua incapacidade para com o controlo de si mesmo. Este controlar de si mesmo, está a desmoronar-se, e com isso a cedência à própria vida. O baixar as armas, para aceitar que “não sabe”, está finalmente após muita dor e sofrimento a tornar-se uma realidade, lentamente a coragem substitui esse saber, para dar lugar á fé, ao Coração, e á Vida. O que julgávamos saber deixa assim de fazer sentido, para dar lugar ao momento. Este reconhecimento liberta assim o Homem das amarras do tempo, liberta-o do futuro da ilusão que é viver em controlo de si mesmo.

O verdadeiro Saber é então revelado

A revelação surge com a abertura e a cedência dos velhos padrões de comportamento, a maior sabedoria é então revelada como sendo essa mesma “SABER que não sabe”, Saber que o que em tempos julgava saber, era apenas isso um julgamento um pensamento, e nada mais.O “Não Saber” torna-se assim a LUZ que o guia, neste estado a Vida se encontra Aberta á Magia, vivendo o momento de forma plena, com fé e coragem o Homem não ignora a Vida, mas sim, abraça-a admitindo que não sabe, ele permite que a Vida flua e lhe demonstre como Viver.

A Consciência está assim Livre para SER o momento, que sempre foi, É e será.



PAZ

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