domingo, 7 de junho de 2009

O Casamento

O Casamento

A instituição intitulada como Casamento, não têm servido a Vida, o seu alicerce principal, se assentou numa crença ilusória, e foi colocado em areias movediças.

Foi acordado que o Casamento, a união entre dois Seres, se deve a compromisso, entre ambos. Um compromisso, como o termo indica um acordo, um contracto de obrigação, entre os dois.

Ironicamente, é exactamente, o acordo, que boicota, a união entre dois Seres, pois o acordo assenta e dá ênfase á dualidade, e por consequência á separação de ambos. Quando fazemos, o acordo de amar alguém para o resto da Vida, estamos com isso a condicionar a Vida a uma obrigação. A Vida quando Consciente dela própria, jamais necessita de acordos. O Contracto é por si só sinónimo de apego. O casamento tal e qual como o conhecemos, assenta as suas raízes no apego. Expressões como estas são frequentes: “Eu sou teu, e tu és meu, para o resto da minha Vida”. A Vida jamais pode possuir a Vida. Condicionar o conjugue a um objecto de posse, é condicionar-se a si mesmo, á carência ocultada do mesmo, por outras palavras, é depositar a sua felicidade na forma, enfim no cônjuge.

Viver um Casamento, como se possuímos, o nosso cônjuge, tem se revelado o maior dos apegos. O apego entre dois Seres, revela-se na maioria das vezes, pelo medo de perda, ou de falta de respeito, pelo próximo.

A sociedade incutiu, que o Casamento, é um compromisso, uma corrente, uma algema, que alberga dogmas, crenças, ideias, pensamentos, e conceitos de posse, de obrigação, de condicionamento. Toda esta instituição, deve-se a um estado inconsciente do Homem para com a VIDA.

A taxa de divórcios e separações, tem vindo a crescer em flecha, e a razão pelo qual isto acontece, é porque a Vida jamais se pode condicionar, aprisionar. Viver é tudo menos compromissos, condicionamentos, e aprisionamentos.

O rio não se aprisiona a si próprio, nem tão pouco a fruta deixa de cair da árvore.

Podemos alegar:

“Mas eu não sinto que estou condicionado, eu não sinto que estou aprisionado” Todo e qualquer medo face ao seu relacionamento, revela esse apego. Se colocarmos as seguintes questões:

“Tem o leitor medo de perder o seu conjugue, tem medo de que o seu conjugue, o traía? Ou o deixe? Ou lhe minta? “

Todo o medo, esconde o apego. Você acredita que depende de algo para SER feliz, o medo que o homem possa eventualmente ter para com o conjugue ou para qualquer outra coisa na Vida, provêm da falsa ilusão, que você depende de algo para SER feliz.

Como pode a Vida depender de algo para SER Feliz? A Vida já é VIDA, já é completa, Feliz e realizada, a única realização a fazer é essa mesma. Consiste na percepção do mesmo, ou seja que você, não necessita de nada nem de ninguém para SER plenamente Feliz, a não SER de si mesmo, a VIDA que você “É”.

Por isso mesmo, a instituição que intitulamos de Casamento, não serve a plena Liberdade de SER verdadeiramente Feliz.

Contudo a União de um Homem com uma Mulher, faz sentido para a Vida, é a união entre ambos, o dar incondicional entre ambos, sem nada a pedir em troca, que proporciona a Mulher, dar á LUZ.

A união incondicional entre o Homem e a Mulher, é a forma mais sublime de manifestar o AMOR que somos, não existe nada mais LINDO E MARAVILHOSO que o AMOR de um SER HUMANO POR OUTRO. Mas o AMOR que falo, é o AMOR genuíno, que nada pede em troca, que nada teme, que nada anseia, e que apenas dá… dá porque sabe que está dando á VIDA…. Que está dando a si mesmo... E sabe que só o AMOR é REAL e só ele existe…

Esse Amor é sinónimo de Consciência, é sinónimo de Saber, que a Vida quando Consciente dela mesma, jamais se fere, jubila sim, em êxtase no dar e fluir incondicional que é Viver a Vida Uno com ela.



PAZ

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