domingo, 7 de junho de 2009

Qual o momento em que somos Felizes?

Qual o momento em que somos Felizes?


Qual é o momento? Como podemos nós classifica-lo? Quais as características inatas de um SER que está plenamente Feliz?

A Felicidade é sinónimo, de ausência de Desejo, pois o próprio conceito de desejo, adverte a um estado de carência, de falta, de privação. Quando o Homem esquece o desejo, e abandona o desejo, a felicidade surge, pois na sua ausência, apenas a Felicidade existe.

Face a esta perspectiva, podemos facilmente identificar, o porquê de tão pouca felicidade na Sociedade, no Mundo e na Vida do Homem.

Uma vez que o Homem esqueceu-se de quem “É”, como Vida, na sua essência. Ele julga-se incompleto, e por consequência a carência e o desejo surge, como solução á sua ignorância, ao seu esquecimento. Fora lhe ensinado que a felicidade é algo que se compra, que se adquire, que se conquista, que se busca, tudo isso induziu o Homem ao erro, ao esquecimento dele mesmo como VIDA que “É”. Tudo isso fê-lo estabelecer metas, separação entre ele e o objectivo, que por sua vez o fez mergulhar na roda do tempo, prova disso, são os desejos constantes, de bens materiais, conjugais, amigos, estatuto social, etc.

O Homem procura incessantemente a concretização dos seus desejos, porque no momento que satisfaz esse mesmo desejo, o desejo desaparece, cessa em existir, e com isso é lhe dado o sabor da felicidade, a graça de estar VIVO, no Aqui e no Agora. Por momentos não existe mais desejo, e o jogo do tempo termina, ele entra no instante Sagrado, que é o eterno Agora.

Contudo iludido, com a sensação, ele julga que foi o bem material, ou a acção, que lhe provocou essa felicidade. Mas nada, no exterior pode substituir o instante Santo, nada pode substituir a plenitude de Viver o Agora, porque o Agora é Completo, Perfeito, e tudo alberga, dele tudo nasce, tudo surge, tudo desvanece.

Todo o exterior é efémero, é condicionado a um princípio, meio, e fim. A Vida Consciente jamais se condiciona ao Mundo das formas, á dualidade. Jamais se aprisiona a objectivos a desejos, pois o simples acto de possuir, de desejar, algo que lhe é inato, é irreal, é ilusório. A Vida Consciente é sinónima de liberdade, de Amor, de fluidez, e de inocência, de não dualidade, de Unicidade.

A Felicidade é assim, ausência de desejo, sinónimo de VIDA, e a VIDA é o OBJECTIVO, no Aqui no Agora, que por sua vez é sinónimo de Vontade de VIVER, de bailar com o vento, com a música, com o riso de uma criança, com amanhecer do Sol, com o contemplar de uma flor, com a infinita Presença, que é vislumbrar a Magia da Vida, e por fim de saber que “EU” sim, sou essa Presença.

PAZ

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