terça-feira, 23 de março de 2010

O medo de ter medo


De certa forma a experiencia, têm conduzido o homem ao seu fecho para com a Vida, o medo de resultados que se vivenciaram no passado mantêm-no fechado e com receio do futuro, um futuro que não pretendem que se volte a repetir.

O Homem tem sofrido no seu passado, toda a Historia da Humanidade tem de uma forma ou de outra revelado uma experiencia na sua maioria sofredora. Com guerras descriminação desgostos etc.
Tudo isto em prol do apego, a luta pelo poder pela posse e por fim pelo que julgamos ser a Felicidade.

O julgamento tem iludido o homem, a procura por algo exterior a si leva-o a ignorar o seu interior, a relacionar-se consigo de forma mais profunda.

Contudo o julgamento nem sempre está presente, e assim, inúmeras são as vezes que o Homem age em prol do Coração, em que a acção nasce do seu lado genuíno, e o Amor se manifesta.

O Amor entre Homem e Mulher é o Amor mais belo e magnifico que pode existir entre a Vida. Mas o passado tem conduzido o Homem a um sentimento de posse, sobre esse mesmo Amor, de certa forma a Vida cobiça o momento passado, esse Amor genuíno que em tempos se manifestou.
Quando assim é o medo instala-se, ambos procuram, voltar a experienciar o mesmo Amor, mas agora com o forte impulso de posse, de possuir esse sentimento de forma a não perde-lo, a paixão é prova disso.

Quando o Amor surge, pouco depois nasce o sentimento de medo, de perda, o medo que possamos nunca mais voltar a experienciar esse sentimento apodera-se, e o homem fecha-se assim ao seu lado genuíno, o Amor é agora de certa forma premeditado e manifestado em prol de um lado inconsciente, o de manter o controlo sobre o Amor e a pessoa Amada.

É este o relacionamento que na maioria das vezes causa a ruptura entre os casais, esta é a atitude que leva o Homem e a Mulher a separar-se do seu companheiro.
Quando assim acontece, o medo que tudo isto se volte a repetir instala-se, e a pessoa, passa a viver de forma mais fechada para com a Vida.

O medo é agora fundamentado por experiencias passadas, e a pessoa rejeita a hipótese de ter medo de novo, alega que: …”Não, não têm medo”…, quando na realidade o medo é a raiz pelo o qual a genuinidade não é manifestada. A pessoa pode muito bem sentir um sentimento genuíno de puro Amor pelo próximo, mas desta não se manifesta. Pois o medo que tudo se volte a repetir está no seu inconsciente, e impede-o de SER fiel e feliz consigo mesmo.

Estar aberto para o fluir Natural da Vida, requer confiança na própria Vida, requer uma confiança ao seu lado genuíno, ao seu Coração á sua honestidade, saber que ser Genuíno consigo mesmo é Viver essa magia esse Amor de forma sublime Natural e mágica, que só Vida sem apego sem receios consegue proporcionar.
Viver não sabendo o futuro, não sabendo se o companheiro se mantém na partilha do seu Amor, é confiar que tudo acontece em prol de uma Vida melhor, de uma Vida livre de apego de receio de angústias de tristezas.
É confiar no momento Presente onde a honestidade é sinónimo de felicidade, é sinónimo de uma Vida Consciente que jamais se ignora a si mesma, que reconhece o Amor que nasce do medo, do Amor genuíno que brota do Coração.

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