terça-feira, 23 de março de 2010

Quando não existe lugar para o Novo


A Vida mostra que ninguém sabe o futuro, mas o Homem teima em julgar que o controla, um controlo que é uma ilusão.
O Controlo têm a sua raiz no medo, o Homem receia um certo e determinado resultado, e face a esse receio ele age em prol do objectivo que pretende.

Contudo essa acção, não é uma acção espontânea livre e criativa, é sim, uma acção premeditada e controlada.
Uma acção repetitiva, que se fundamenta na sua experiência passada, que se apoia em memórias passadas, e que servem a sua justificação, a necessidade em controlar, e se projectar no futuro.

Esta atitude para com Vida revela o receio o medo que Homem têm pela própria Vida, a necessidade de controlo, fê-lo ignorar o momento o espaço onde a Vida decorre, a Magia do Aqui do Agora.

Quando nos preocupamos, o Homem mergulha no tempo, o pensamento se exalta e a necessidade de controlo é estabelecida, os pensamentos desviam assim a atenção do Homem sobre o momento sobre a VIDA, e conduzem-no para uma viagem de ilusão e sono profundo.

O sono profundo, no qual a Humanidade mergulhou é um sono que retirou o Homem do momento para Viver mergulhado em pensamentos. Ele abdica do momento para se identificar com a sua mente, com os seus pensamentos.
Porém a Vida em si, não é apenas o pensamento, a Vida é sinónimo de criação espontaneidade inovação e originalidade.

Originalidade Criação espontaneidade são características inatas da própria Vida, tudo muda tudo se transforma, nada permanece igual. Aceitar este facto, é aceitar a Vida, é permitir a si mesmo a manifestação dessa Vida em si.
Para que isso seja possível o Homem deverá primeiro reconhecer a natureza do medo, quer isto dizer que o medo deverá ser visto como ele realmente “É” e não o que julgamos ser.
Quando deixamos de alimentar o medo, e passamos apenas aceitá-lo como ele de facto é, reconhecemos a natureza efémero do mesmo, todo o medo passa, todo o medo incide no futuro, antecede assim um resultado. No momento em que o medo nos surge, em forma de pensamento, nesse momento ele não é Real, a situação que receamos ainda não se manifestou, existe apenas em forma de pensamento, um pensamento que pode ou não ter credibilidade, uma credibilidade sempre atribuída por si mesmo.

O medo não permite o espaço ao Novo, não permite a manifestação criativa e espontânea da Vida em si.
É na ausência do medo que a Vida evolui, que a Humanidade avança, essa ausência permite que o espaço flua que a Vida se manifeste de forma genuína e original. Solucionando assim os problemas que em tempos julgávamos ter.

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