segunda-feira, 11 de maio de 2009

Em tempos, o discípulo perguntou ao mestre.

À muitos anos atrás, um discípulo perguntou ao seu mestre o seguinte:


“Mestre se vós sois iluminado, porque razão se preocupa o mestre em ensinar e transmitir seus princípios ao discípulo?”


O mestre pausou, e mediante o canto de uma ave, disse:


“Em nada me preocupo, pois a VIDA desconhece o sentido da preocupação, o ensinamento e os princípios que proclamo, é a mim mesmo, pois só “EU” existo”.


O discípulo ficou, estonteado, de certa forma confrontado e indignado com a resposta do seu mestre, se só ele existia, isso significaria, que ele não. Como poderia o Mestre afirmar algo tão arrogante, e ego centrico.


Ainda perturbado, perguntou ao seu mestre:


“Mas mestre, se só vós existes, quem sou eu, e todos os outros?”


Num sorriso, e contemplando a Vida à sua volta, o mestre olhou fixamente nos olhos do discípulo e disse:


“Só eu existo sim, e como é gratificante essa partilha de Consciência, comigo mesmo. Assemelhe-se a um rio de Amor, que se entrega ao Mar. Assemelha-se ao sorriso de uma criança, que aprendeu a andar”.


O discípulo, confuso recolheu-se e ficou a pensar. Após alguma reflexão, pausou, e contemplou a Vida do seu Mestre, como sendo ele mesmo, quem estava a falar.


“Obrigado mestre, pois em ti vi a Vida que sou, e que têm vontade de acordar”


Ambos sorriram mutuamente, e seguiram caminhos que a vida os reencaminhou, que foi sempre a vontade de Amar.




Paz

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