sábado, 7 de agosto de 2010

O apego como causa de ruptura, entre o Homem e a Mulher


Por norma o apego entre Homem e Mulher surge logo após a experiência de um Amor genuíno. A união e partilha entre dois seres, é na maioria das vezes despoletada pela atracção que ambos nutrem um pelo outro, uma atracção que os conduz a uma vontade, a vontade de partilhar em comunhão um sentimento mutuo, intitulado Amor.

O Amor, é assim a experiência que antecede o surgimento do apego, isto porque o Homem ou Mulher que revela tal sentimento (apego), o mesmo é originado pelo receio de perder essa mesma experiência, uma experiência que agora pertence ao passado.
Por outras palavras, é de facto o apego á experiência que tivera inicialmente, a experiência genuína chamada “Amor”, que o conduz ao medo de perda.

O Amor é de facto a experiência mais maravilhosa que a Vida pode experienciar com ela própria. A beleza e intensidade da mesma é indescritível por palavras, o Amor é então um acontecimento de aroma extraordinário que só é acessível através da experiência e não através da posse.

Porém é a percepção errada que Homem possui sobre o Amor, que o leva a acreditar que o mesmo é alvo de posse. Ele julga e pensa assim que a experiência genuína de Amor que teve inicialmente, é algo que pode repetir, sempre que quiser e lhe apetecer, como se de um objecto se tratasse, ele deseja o controlo e a repetição do mesmo sempre que a vontade sobre o mesmo surja.

Este estado é de certa forma legitimo, pois o mesmo antecede a errada percepção do que é Realmente o Amor. O julgamento e pensamento induzi-o a erro, a falsa percepção sobre o Amor, é também proveniente da crença ilusória, de que para ter Amor, ele deve conquista-lo através do seu exterior. Uma crença que lhe fora ensinado desde jovem, a de que o Amor se encontra no seu exterior, um conceito que mais tarde, ele próprio valida de forma errada.

O Amor genuíno que o Homem experiência entre ele e a Mulher, é fruto de uma entrega incondicional entre a Vida e a própria Vida, é a entrega incondicional ao momento que proporciona o Amor. O Homem entrega-se á Vida, ao parceiro, e com essa entrega surge o Amor, que provém do seu interior, um Amor que é manifestado pelo exterior, pois o ciclo da Vida se completa, e a Vida Jubila.

Ter Consciência deste processo é ter Consciência de que você não necessita de nada nem de ninguém para SER feliz, excepto de si mesmo. Isto porque a maior fonte de Amor está na Vida, está em você, você é essa Vida.
Quando nos entregamos á Vida, damos espaço á mesma, sem controlo, mas com o reconhecimento genuíno do Amor que se sente pelo próximo, o Homem entrega-se de forma incondicional, partilhando e permitindo assim o fluir mágico e original que é a Vida.

O Amor não existe fora de si, nem tão pouco se possui. O verdadeiro Amor só existe em forma de partilha, só assim ele poderá SER manifestado e experienciado.

Não podemos querer repetir o passado, nem tão pouco sermos donos de outrem, apaixonarmo-nos por um passado, serve apenas para saber e validar a Magia por detrás do mesmo, ou seja reconhecer a criação que existe quando nos entregamos de forma incondicional pelo o que sentimos. Amar é aceitar o fluir natural da Vida e do que se sente pelo próximo, é partilhar um sentimento genuíno pela Vida, de forma incondicional, sem nada pedir em troca. Só assim será possível viver de forma mágica e plena.

Primeiro devemos reconhecer a natureza do Amor, como sendo um estado de criação continuo infinito e de acesso apenas por meio de entrega e de partilha. Toda a posse estagna e ilude a Vida, prende a Vida a um passado que já não existe, não permitindo espaço para o Novo, para a Originalidade e Magia que é Viver de forma Genuína.

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