sábado, 7 de agosto de 2010

Simples

De facto assim é feito a Vida, de coisas simples. A simplicidade, tornou-se confuso complexo e de difícil acesso, um paradoxo para a mente. Isto porque o Homem assim o imaginou, assim o idealizou. Os “problemas, aborrecimentos”, dúvidas e o não entendimento sobre as coisas que nos acontecem, conduzem-nos a este estado de confusão dilema e agitação.

A vontade de querer entender a Vida, é na maioria das vezes substituída pela vontade de controlar a mesma.
É essa vontade de controlo, de julgar e de pensar que podemos controlar a mesma, que distraí a atenção do Homem sobre a Própria Vida que ele “É”.

Toda a religião e filosofia de uma forma ou outra, validam a importância de estar Presente, de estar Consciente de si mesmo. Meditação, Observação, contemplação ou simples/mente estar Presente e Atento a si mesmo, é o método pelo qual o Homem desembrulha, descobre, destapa, a Natureza do que julgávamos Ser complexo, complicado, confuso.

Por detrás da confusão, dos Problemas, das angústias, dos aborrecimentos, está Você, a Simplicidade. A simplicidade pode assim SER caracterizada e sinónimo de Presença, Atenção, Honestidade, Consciência, Coração.

Quando não entendemos a Vida, quando algo está “errado” quando algo não faz sentido, a sua Presença é o suficiente para o entendimento do mesmo. Não será um entendimento imediato, mas sim gradual, pois o aborrecimento, a confusão, o “erro”, surge de si mesmo, nasce na crença por si depositada, nesse mesmo “erro” nessa mesma “confusão”.

A sua Presença a sua Honestidade é a força mais Eficaz, Pura, e genuína que a Vida possui sobre si mesma. Não existe nada mais forte em toda a Vida, do que a Honestidade da Vida para com ela mesma.

Reconhecer que você não controla, e não sabe o porquê, ou o como resolver algo na sua Vida, não é um acto de fraqueza, é um acto de Luz de Consciência de Coragem face a um Mundo que se esqueceu de si mesmo.

Desistir de Controlar a Vida não é um acto de cobardia, é sim um acto de Consciência de quem reconheceu que a Vida é sinónimo a este “não saber”.
Nem você nem ninguém sabe o dia de amanha. Quando a humildade a honestidade e a franqueza de admitir o “Óbvio”, é aceite por você, então o Mundo revela-se, e a Vida revela a simplicidade que ela “É”.

Quando admitimos que a preocupação é fundamentada em prol do controlo, do medo do amanhã, e por consequência do medo que temos da Vida. Fechamo-nos a simplicidade da Existência, criamos assim um “futuro” de preocupação e de medo constante. Um pensamento que se auto perpetua pelo “tempo”. Somos nós e só nós que criamos a nossa “realidade”, essa é a dádiva da Vida para com a Vida que você “É”, essa é a verdadeira e única Liberdade.

Observe-se, esteja Consciente, valide por si mesmo, o que só você pode validar.

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