domingo, 19 de abril de 2009

Controlar a Vida

Muito se têm falado, acerca do controlo, em toda a História.

Eu pergunto, qual parte da Natureza, se auto controla? Existe alguma realidade na Natureza que se auto controla? Julgo que a resposta é óbvia, nada se auto controla, o rio não se controla a si mesmo, o pássaro não se controla, a borboleta não se controla, a chuva não se controla, enfim nada se auto controla, tudo pertence unicamente a um domínio, a uma inteligência divina apenas. A essência da Natureza, É essa mesma fluidez Natural e esporádica, Nada se auto repete, se auto condiciona.


Vejamos a palavra controlar significa por si só, condicionar, e também necessidade, face a algo. Na Natureza nada, se auto condiciona, e nada possui necessidade.

Como pode a Natureza necessitar de algo, ou condicionar-se de algo?


Só o pode fazer de forma ilusória, e quem? E o quê, pode o fazer?


Nós Humanos.


E porquê faze-lo?
Porque desconhecemos a nossa essência, não sabemos quem somos.

Julgamo-nos separados, da Natureza.


O livre arbítrio consentiu-nos, essa projecção, Nós como parte integrante da Natureza, e como Natureza, fomos os únicos que concebemos a falsa ilusão de controlo.
Sim, falso controlo, quem julga que possui controlo sobre a sua vida???? Ninguém têm controlo da sua vida, a Vida sim, essa tem controlo de si mesma.

O leitor para ter “controlo” da sua vida terá que primeiro saber o que É a Vida, só depois poderá ter “controlo” da Vida.


Mas para que isso fosse possível, você terá que confiar, acreditar em você, por outras palavras você terá que aceitar a Vida.
Vejamos, se nada na vida se auto controla, excepto nós Humanos, como seria a Vida do Humano, sem SER controlada?

Será o Leitor capaz de Viver a Vida, sem a condicionar, e sem controlar, em todos os aspectos? Será essa experiência, uma experiência de entrega incondicional e total á vida?


Não ter medo nem receio de nada, não bloquear, travar, os acontecimentos do Presente momento. Viver por e simplesmente ao sabor da Brisa, saboreando o Presente conforme ele se vai revelando. Que entrega seria esta? Que fé seria este?


O que acontece ao rio, quando a este, é lhe colocado uma barragem? A água depressa deverá SER aliviada, caso contrário a barragem sofrerá lesões.


O que acontece a uma artéria coronária do leitor quando bloqueada? Esta deverá SER desobstruída, caso contrário poderá sofrer de um enfarte miocárdio.


Todo o controlo por parte dos Humanos, têm “consequências”, trazendo sofrimento ao SER Humano, contudo é esse sofrimento que o leva a despertar e de volta a casa.


O paradoxo, ilusão e consequências, reside no simples facto de que tudo É efémero, logo o eterno não possui consequências só a ilusão.


Despertar, significa o acordar para o que É real, e o que É real É a Vida.
O seu coração deseja Viver livremente, sem controlo sem condicionamentos, e sem necessidades, por outras palavras ele deseja Viver fora da ilusão. Aceitando o Presente você funde-se com Vida, e torna-se UNO com “ele”.

Convide-O, a entrar na sua Vida, e aceite de olhos bem abertos o Presente, não tenha medo do amanhã, pois ele não existe. A Vida o espera de braços abertos, e Natureza o aguarda para uma recepção Gloriosa e triunfante que É Viver.



Não me avalie mal, a Verdadeira interpretação da Vida, É sempre a do Coração, nunca da mente, “e o não controlo”, reside na interpretação do mesmo.


Paz

Nenhum comentário: