domingo, 19 de abril de 2009

Porquê a Profundidade, porquê o Coração? Quais os “níveis”de percepção?

Maioria das vezes, o Homem se condiciona pelo exterior superficial, limitado pelo o impacto inicial, do que vê, ouve, sente, e percepciona. Todos nós de certa forma mais ou menos mantemos, este instinto, um instinto reactivo e irreflectido.

Vejamos o seguinte exemplo:

O confronto verbal, entre duas pessoas no café, nomeadamente um amigo seu e um desconhecido, pode o levar a si numa primeira instancia a julgar precipitadamente a situação e o confronto em causa, criticando a atitude de ambos ou de apenas um, essa critica poderá se manifestar de forma verbal, exteriorizada, ou de forma mental por pensamento apenas. Se a situação em causa se agravar, passando do insulto verbal, para a acção, traduzindo-se em empurrões, a sua posição poderá passar de uma posição “passiva” interior, para uma posição de confronto físico (exterior).

Independentemente dos casos acima referidos, a percepção inicial tenda sempre a ser precipitada, face a situações de conflito ou de confronto verbal.

Isto significa que o primeiro nível, de percepção é sempre um nível superficial, face ao que está a ocorrer no exterior. Porém muitos outros níveis estão a ser desencadeados em simultâneo, o nível da emoção, o nível do físico, o nível do sentimento, etc. Um pensamento angustiante, ou de raiva, pode sempre desencadear uma tensão física, ou um estado emotivo de revolta no corpo. Todos estes níveis interagem entre si, e auto perpetuam-se, de forma a gerar mais medo ou estado de revolta no Homem.

Mais acima deste nível temos, o nível do Pensamento consciente, o leitor está consciente dos seus pensamentos, independentemente qual a natureza deles, seja de raiva, medo, indignação, ou benevolência. Neste estágio ou nível de consciência, o Homem criou espaço, entre o seu pensamento e ele próprio, permitindo assim uma melhor gestão face a uma eventual expressão por ele exteriorizada, poderá ter mantido a calma e optado por acalmar a situação.

Mas o nível de consciência poderá expandir, e com isso percepcionar a interligação dos sentimentos, pensamentos, emoções e tensões físicas, ele poderá estar de tal forma desperto que antecipa e testemunha toda essa energia interior, Neste estágio ele possui mestria, pois como testemunha, e observador, ele SABE, que a energia é apenas isso, e que necessita de ser canalizada para o seu devido lugar.

Conforme vamos aprofundando o nosso interior, tendo como palco o exterior como primeiro nível, o nível da manifestação material, temos o nível a seguir o do pensamento, emoções, sentimentos, um nível numa primeira estancia não exteriorizado, onde reina a felicidade e a tristeza momentânea o (up and down of Life), grande parte das pessoas reside neste nível de introspecção e nele se encontra condicionado, a seguir temos o nível da Consciência dos seus pensamentos, onde o Homem cria a distancia e não mais se identifica com os pensamentos, reconhece-os como algo, com principio meio e fim, meras nuvens que se atravessam. Depois temos o nível da carência, onde o Humano reconhece tudo isso mas também sente que algo está errado algo está incompleto na sua vida, Face a esta carência surge a necessidade consciente ou inconsciente de um outro nível, o nível da Plenitude o nível Amor da Unicidade, o de SER, apenas SER UM com a Vida.

Contudo A PRESENÇA deste nível, a (não dualidade), não se deseja, nem se carece, ele se aceita, de forma incondicional e não pensada ou programada., o Homem deverá estar vazio para então “receber” e percepcionar essa PRESENÇA. Neste estágio, este nível, o Homem percepciona o acontecimento no primeiro nível, e todos os outros como um todo, e percepciona a realidade da ilusão, a Consciência sobre a inconsciência. A vida torna-se Consciente dela mesma, os níveis se desmoronam, face à Luz da Consciência.

A Luz da Consciência, uma vez aceite, e reconhecida, se auto perpetua na comunhão de ambos, o SER com o Humano, você lentamente aceita-se tal como “É”, e a negação do seu lado Humano cessa, será então como um Pai para si mesmo, o seu Coração tomando conta de si, aceitando-se e trazendo-o de volta ao nível da Unicidade.

Neste nível de Consciência, o seu corpo a sua mente e a sua alma são uma das infinitas expressões do infinito que você “É”.

Paz

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