domingo, 19 de abril de 2009

Questione-se, quem sou “EU”

Quando colocamos essa questão, a mente se apressa em dar uma resposta, mas toda e qualquer resposta dada tenda a desvanecer-se, a auto sabotar-se, quando questionamos a veracidade do mesmo.


Vejamos o exemplo mais comum, na sociedade actual.

Se colocarmos a questão “Quem sou EU?”

A pessoa tenda a dar a sua resposta com fundamento na sua memória.
…”Eu sou o Luís, tenho 58 anos de Idade, sou casado, tenho 2 filhos, nasci em Setúbal, sou arquitecto, trabalho em Lisboa, sou caranguejo de signo, sou do FC. Porto, tenho carta de condução, adoro viajar, já fui a Paris, Marrocos, e Tunísia, enfim sou extrovertido e adoro esquiar”…

Esta será a resposta mais comum dos seres Humanos, a sua “História”, o que é legitimo, mas não é verdade, pois a História têm um fundamento ilusório, baseado em memórias, e tempo.


Você não está no seu passado, nem está no futuro, você está neste preciso momento, aqui e agora, a ler este artigo, logo você só pode saber quem “É”, no presente no Agora.

Talvez seja benéfico desmistificar o exemplo, acima mencionado, e porquê a sua fraca fundamentação. Se colocarmos a pergunta “Quem sou Eu?” toda e qualquer resposta dada pela mente, possui um Observador, uma testemunha, uma consciência de si mesmo.


Veja se me consegue acompanhar, pois a mente tenda a manipular, o que “É” inato e obvio.

Se o leitor conceber quem você é mentalmente, dando uma resposta, EU lhe pergunto quem têm consciência dessa resposta?????


A mente não pode por e simplesmente pronunciar-se validamente sobre quem você “É”. Isto porque você não “É” a sua mente, mas sim “quem” têm consciência dela.

Você “É” o eterno Observador e testemunha de si mesmo.


Quando a mente tenda a manipular ou conquistar essa verdade, ela se extingue, e entra automaticamente no reino do Pensamento, um reino do “seu domínio”, Porém quando o leitor se apercebe desta distinção a separação clara e obvia acontece, “Você É o Observador do mundo da Vida e de si mesmo”. O domínio sobre o reino dos pensamentos se extingue, e o jogo acaba, a sua mente (Ego) deixa de ter poder de decisão sobre os pensamentos, pois o leitor sabe que eles são meramente nuvens, que se desvanecem, e que não possuem qualquer importância.


O que acontece actualmente no Mundo é que as pessoas estão demasiado, identificadas com a sua mente, julgam que são a sua mente apenas, mas a mente é apenas um órgão como outro qualquer, como o coração, ou o fígado, contudo ele possui, uma força inacreditável quando, acreditado, pois se homem acredita no que pensa, logo age conforme o que pensa.


Julgo que foi o Mestre Jesus que disse algo assim:


…Não julgais o próximo, perdoai, pois ele não sabe o que faz…


O julgamento está sempre adjacente e possui o seu fundamento em separação, e “perdoai, pois ele não sabe o que faz”, significa que está mergulhado no seu pensamento, ele identifica-se com o pensamento, a separação.

Eu lhe pergunto a si leitor, o que julga que leva 2 jovens em Lisboa a assaltarem um Banco???

Será a razão desse acto, apoiado em desespero, em pensamentos provenientes da mente (Ego).
O (Ego) a mente, tem demonstrado não possuir capacidade de auto Vivência, o mundo se encontra mergulhado em angustia e sofrimento, pois a ideia de controlo, provem de medo, e da mente, julgo chegar a altura de nos questionarmos quem somos, o que fazemos cá, e porquê vivemos.

O primeiro passo consiste em admitir que você não sabe quem “É” , com isso surge a abertura interior, com isso surge o Presente e o agora, com isso surge a inocência de aprender, com isso surge a Vida dentro de si, com isso surge o espaço, e por fim com isso surge o inicio de si.


Paz

Nenhum comentário: