domingo, 19 de abril de 2009

Não seja a causa, nem o efeito, mas sim a pergunta…

Por detrás de toda acção, está SER. Todavia, são raras as vezes que a interpretação, do homem face ao assunto por ele testemunhado, parte do “SER”.

Vejamos o seguinte exemplo:

Imagine, que após uma discussão, com familiar seu, o leitor se ausenta, exausto, triste e angustiado.

Como se isso, não bastasse, algo em si o recrimina, auto julgando-se, e punindo-se a si próprio. Imaginemos que ambos tiveram “culpa”, e face ao “seu erro”, você se auto Julga, frases como:

… “foi inconcebível, o que fiz, sou mesmo um inútil, vou para inferno, não me consigo perdoar, como fui eu capaz de agredir, de chamar nomes, onde tinha eu a minha cabeça?” …

Por vezes os actos são de tamanha violência, ou de extrema importância emocional, que sentimo-nos não merecedores, da vida, ou da amizade da pessoa em causa.O que acontece, é que a interpretação parte do “eu” errado, o “eu” que o julga que o pune e que o faz sentir triste, é o mesmo “eu” que o levou a cometer tais actos. Ou seja o “ego a mente” que julga-se separado do todo, é aquele que age, e que em simultâneo, o pune.

O leitor, encontra-se então mergulhado num falso “eu”, emoções, pensamentos, e sentimentos, o arrastam, numa corrente de energia que se auto perpetua, com o “seu” próprio sofrimento.

A sua atenção foca-se apenas na causa “eu - ego”, e o efeito “maus tratos”, esquecendo o “SER”.

O que lhe é pedido, é que o leitor, volte a sua atenção, para o porquê de tudo isto. Coloque-se como espectador, testemunha, e Observador de si mesmo. Ao contemplar-se e observar, o sucedido, verá que, você foi iludido, pelo seu próprio consentimento, face á credibilidade que deu ao “eu – ego” á sua mente.

Quando nos colocamos, como observador, recuamos da ilusão, e tornamo-nos uno com o “SER”, criamos espaço em nós mesmos, e não nos envolvemos, no conjunto de emoções, pensamentos, e sentimentos. Não significa, que não detectamos, ou que ignoramos, não, pelo contrário reconhecemos e vislumbramos as coisas como elas realmente são.

A experiência será então uma experiência que servirá para não mais voltar a repetir, mas mais importante ainda, é que servirá uma vez mais para o despertar da “sua” Consciência, saber quem você “É”.

Lembre-se que a causa, e o efeito, são nuvens, ideias, e momentos que passaram na vida do leitor, não são quem você é, você “É” a Consciência que contemplou tudo isso.





Paz

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