domingo, 19 de abril de 2009

Onde, como, e porque, existe a ilusão?

Todas estas perguntas, podem e devem ser colocadas, analisadas na sua integra. O termo ilusão significa engano, alucinação ou por e simplesmente fantasia.

O quê é então fantasia neste mundo? Os Sábios dizem-nos, que o bem e o mal, não existem, que ambos são conceitos pré estabelecidos pela mente, que cataloga e classifica assim, a experiência.

William Shakespeare foi mais longe ao afirmar que ambos são fruto da mente. Na verdade o bem e o mal, quando manifestados pela mente, são opostos ilusórios, isto na medida em que, ambos se carecem um do outro. Sempre que o leitor, se pronunciar nestes parâmetros, avaliando algo como bom, ou mau, o leitor tenda necessariamente a comparar a ausência de um em prol do outro.

Exemplo:

Se, o empurrão, que um colega deu a outro, foi classificado como “mau”, isto acontece em prol da ausência do “bom”.

Se um abraço foi dado por um colega ao outro, isto pode ser classificado como “bom”, isto acontece em prol da ausência do mal.

Em ambas as situações, classificamos o sucedido em base de uma comparação. Contudo tanto um como o outro possui as conotações que atribuímos, em base de um julgamento. Se o bem e mal, são conotações atribuídas pela nossa mente, em prol da nossa “moral”. O que existe então? Se tudo é então, fruto da mente, o que é, a realidade? Será ela, o mal ou o bem?

De facto a realidade, nem é uma coisa nem outra, a realidade simplesmente “É”, sem nada acrescentar. A análise sobre a realidade deve assim abster-se de qualquer julgamento ou juízo mental. Porém existe a experiência e o saber, e ambos são UM, com a Vida.

Neste preciso momento, qual a experiência, e o que sabe o leitor, neste exacto momento? Sem julgamento sem comparações, apenas aceitando o momento?

Verá que ele é paz, por detrás de todos os pensamentos, por detrás de todas as emoções, sentimentos, sons, ruídos, especulações, etc. Verá que o momento é Paz. No momento actual, após entrega e aceitação incondicional, em níveis, mais profundos é possível constatar que o Presente momento é unicidade, e Puro Amor. Essa é a sua essência, “É” a Vida sem rótulos, sem nada acrescentar.

Contudo o que intitulamos de bem, é de facto uma metáfora, que pretende se igualar ao que realmente é a Realidade. Ou seja, a atribuição de algo de bom, ou bem na vida do leitor é sinónimo de algo que “funciona” para si. Mas a realidade é que a Vida quando não avaliada, quando não “controlada”, funciona de forma Perfeita e mágica.

O paradigma, de primeiro, SER, depois FAZER e só então TER, ganha significado.

A Realidade é perfeita sempre foi e sempre será, tudo que intitulamos de imperfeito ou quase perfeito é a ilusão, é o estado inconsciente, o mundo paralelo, onde o Homem mergulhou, e adormeceu.



Paz

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