domingo, 19 de abril de 2009

A Pressão que existe na Sociedade

Quem ainda não reparou? Quem ainda não constatou? A pressão que a sociedade carrega ás costas, uma sociedade onde você e eu, fazemos parte.

A dúvida, a desconfiança, e o receio parece ter se instalado.

Muitos são os que vivem com medo do amanhã.

Vejo na cara das pessoas um sentimento de desconfiança, tristeza, e por vezes angustia.

As telenovelas, os jogos de futebol, as saídas em noitadas com os amigos, etc. parecem já não dar resultado, nada, absolutamente nada, parece conseguir fazer ultrapassar o fardo pesado, intitulado Pressão.

A caixa mágica que temos em casa, tornou-se no passado um escape fictício, mas que hoje tenda a desacreditar, enchendo-nos com anúncios e mais anúncios, com um marketing agressivo e manipulador, os telejornais conseguiram adquiriram o estatuto de Bolinha vermelha, embora nunca a vi lá, pois mais terror e violência em tão pouco espaço de tempo é impossível.

Mas estava eu dizendo, a angustia e tristeza, reina na maioria das faces das pessoas, a felicidade tornou-se obsoleta, e quando manifestada, todos tendam a olhar, admirados, pois tal ocorrência tornou-se rara.

Não quero com isto esboçar um desenho negro.

Contudo e como se isto não bastasse, o Homem actual da sociedade materialista, tornou-se produto da sua própria criação, fruto da sua Imaginação, distanciando-se cada vez mais da sua essência a Natureza, o Homem através da sua mente apressa-se a auto catalogar-se com orgulho na sociedade em que está inserido, como se de um produto se tratasse, não chegava a catalogação ou distinção das classes, em: Pobre, Classe Média, Classe Alta e Rico, como ouve também a necessidade de catalogar as suas características, quer de ordem Politica, religiosa, Psíquica, Cultural, Académico, etc… Tudo serve para medir o seu grau de influência ou respeito na sociedade, um Pivot ou uma Peça de Xadrez, no tabuleiro que é a vida.

Digamos que a régua que o classifica é a régua que o escraviza, sendo escravo da sua mente e da sua própria “inconsciente” vontade, que por sua vez consiste na vontade dos outros, pois como um ser livre que é, ele possui capacidade de escolha, a sua preocupação centra-se no exterior, e a questão é colocada diversas vezes: o que pensam os outros de mim? Vivendo uma vida em função do medo, da sua aparência, e estatuto na sociedade, sempre em constante vigília exterior, mais uma vez é o superficial e o manifesto exterior, que dita a liberdade ilusória, e não o seu interior.

Lentamente sem nos apercebermos, tornamo-nos e permitimos, ser vítimas do tempo, vítimas do nosso ego, da nossa mente, encurralados nos actos do passado, e preocupados com o futuro, esquecemo-nos do essencial, o Presente.

O presente passa então a servir de palco para as preocupações, tornando-se assim num véu e ocultando a realidade, e o medo instala-se, de forma a legitimar as suas alegações.

Todos sabemos, ou então não queremos saber, que o sistema actual está em completa rotura, e que o modo de viver, anti natural, tornou se (natural).

O facto de vivermos, num mundo onde se incentiva, a aniquilação da espécie Humana, tornou-se banal, natural e até alvo de mérito, exemplo disso são a atribuição de prémios (Grammys e Oscars) ao cinema de Guerra, bem como o merchandising de brinquedos de guerra, tais como jogos para PC e consolas, pistolas, tanques de guerra em miniatura, etc.

Aliás como o Deepak Chopra diz e muito bem, somos a espécie, á face do planeta que mais se aniquila a ele próprio. Não é o macaco, o leão, o elefante, mas sim o ser Humano. Através de guerras, violência, assassínios, doenças, etc.

Mais ainda, afirmamos que as drogas devem ser banidas, e ilegais na sua comercialização, porém temos out doors e cartazes nos postos de venda das gasolineiras, a dizer “Fumar Mata”, em simultâneo temos o cliente da frente a solicitar por 2 maços de cigarros.

Sei que a lista é interminável, e que o anormal tornou-se normal, causando muita dor e sofrimento ao Humano.

Enfim por incrível que pareça encaramos tudo isto de forma normal. Não pretendo, com este desabafo, incentivar seja o que for, apenas relato o que julgo ser, incompreensível numa sociedade que se julga acordada mas está adormecida.

Podemos questionar, qual a solução, ou como mudar? Julgo que, de nada adianta, mudar o exterior, pois como alguém disse, mudar o exterior, significa mudar apenas os móveis, de um lado para o outro, e isso será ilusório, a mudança reside em nós primeiro, para só depois dar o exemplo.

Independentemente a todo este cenário, temos em simultâneo um outro que revela algo de mágico e escondido, algo Real e que sempre existiu. Algo de eterna beleza, que só a Alma pode vislumbrar.


Paz

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