domingo, 19 de abril de 2009

Se “EU” sou UM com a VIDA

Se “EU” sou UM com a VIDA, como então viver comigo próprio?

Se “EU” sou UM com a VIDA, então os outros, sou “EU”? Se sou, o Todo, UM com DEUS, e seu filho Único, então os outros não existem? Se a separação é ilusão, se realidade é a não dualidade, então tudo que me acontece, acontece de mim, por mim para mim?

Como então viver a Vida? Como então viver “comigo” próprio? Que poder tenho “EU” nisto tudo? E quem sou “EU” que nestes parâmetros, aparento ser infinito? Onde começo e onde acabo?

Tantas perguntas, contudo a chave para a resposta está na simplicidade sublime do seu Coração. Como viver uma verdade que os mestres alegaram como sendo um estado de Iluminação? Porquê o termo iluminação, Iluminado? Será a Unicidade a verdade suprema?

Eu lhe pergunto, o que faria o Leitor se apenas você existisse? Criaria o mundo? Criaria a Natureza na sua divina diversidade? Criaria você o Universo com as suas estrelas? E se sim, como? Se só você existisse, como o faria? Só prescindindo de si, e mesmo o acto de prescindir não seria possível, contudo só através de si, para si, seria isso possível. E foi isso que DEUS fez, (faz), foi isso que a VIDA fez (faz).

O mesmo será dizer que a Vida quis (quer) se auto conhecer, por isso mesmo concebeu (concebe) o milagre que é a Vida na sua diversidade.

Existe então um DEUS, todo responsável, todo AMOR, todo benevolente, todo Pacifico? E possui “ele” um desígnio?

Claro que existe Deus, o próprio mistério é DEUS, é a Vida se auto conhecendo num ciclo infinito que é a eternidade. Vejamos é “ele” responsável? Será “ele” todo Amor? Será “ele” Benevolente? Será “ele” Pacifico? Terá ele um desígnio? Se sim, Só o poderá “SER” através da “sua/tua” Criação, pois só através da “sua/tua” criação poderá “ele” se manifestar a (sua/tua) vontade.

O mesmo será dizer que só através de “si”, ele poderá revelar tais revelações. Eu lhe questiono agora, é o leitor responsável? É o leitor todo Amor? É o leitor Benevolente? É o leitor pacifico?

O que faria o leitor se soubesse que o seu maior inimigo, seria você mesmo, em outra forma, noutra expressão, poderia ser o seu vizinho ou apenas um conhecido. Como seria então o seu comportamento face a “ele” mesmo.

Podemos alegar que “ele” nos ofendeu, ou que “ele” por e simplesmente nos magoou. Tudo isso é possível, pois acontece frequentemente, no mundo onde vivemos. Contudo “ele” faz porque desconhece a verdade, desconhece quem “É”, mergulhado na ilusão que é estar separado, ele procura se defender de uma sombra, que é projectada, por “ele” mesmo. Porém será a solução o inverso da sombra, o que aconteceria se você, reflectisse a luz que “ele” “É”?

Qual o poder da sua Consciência, da sua Luz, face a isto, o que faria o leitor a si mesmo, amar-se-ia incondicionalmente?

Todos e tudo são você, isto não lhe retira identidade, pelo contrario atribui-lhe identidade, uma identidade UNA com tudo e com todos, na singularidade por si demonstrada. Em “mim” reside o “seu” gosto pela arte, por andar de mota, por chocolate, por mergulho, em “si” reside o “meu” gosto pela música, pelo desporto, pela dança. Todos “temos” a “nossa” singularidade e diversidade manifestada, no Aqui e no Agora. Não lhe é pedido abdicar dos “seus” gostos, da “suas” emoções, dos “seus” pensamentos, a da “sua” vontade, apenas que se conheça, na grandiosidade e no infinito que você “É”, uma vez reconhecido, verá o que sempre foi obvio, mas que a mente teimou em não ver.

Somos tronco da mesma Arvore, a Arvore da Vida, em que o seu crescimento se manifestou em todas as suas pernadas, tendo as pernadas como semelhantes o corpo e a mente. A expansão da sua Consciência, a transcendência da mente, alcança o que é “seu” e inato por direito a VIDA, o Tronco.

Viver em prol da Vida é viver em prol de “si” como um todo.

A Vida o criou, e se você é UM, com a Vida, Criador e criação, porquê ter medo de si próprio? Entregue-se á Vida e sinta a Magia que é estar Vivo.

Se tudo isto para “si” é verdade, então fostes “vós” que o escreveste, e se assim for, obrigado por existires.



Paz

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