segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um Mundo Iluminado


Three Little Birds - Bob Marley & The Wailers



Quando acordei esta manhã, para espanto meu, o mundo estava iluminado, que novidade, que surpresa agradável. Tudo aparentava, peço desculpa, tudo estava diferente, inclusive a luz que passava por entre os estores.

Uma luz brilhante, que convidava abertura dos mesmos, saltei da cama, depois calmamente, mas sempre com a expectativa de ver o dia, puxei o estore para cima.

Que visão, o Sol, a Estrela, que aparenta estar mais perto do nosso Planeta, Brilhava intensamente, num céu de tom azul clarinho. Até mesmo o céu, parecia brilhar, como se tivesse sido pintado de fresco, aliás a frescura era tanta, que a vivacidade da sua presença, se assemelhava à de uma rosa, acabada de desabrochar.

Ainda na janela do quarto, as Arvores todas lá fora pareciam dançar, para lá e para cá, como se, uma sinfonia, pareciam escutar. E de facto todos dançavam, incluindo os pássaros, que em contraste com o verde das folhas, que por sinal também voavam pelo céu fora, todos pareciam gostar.

Foi quando de repente pensei comigo mesmo, o que se está a passar? Será uma melodia nova, um mundo Novo que se quer apresentar, Não posso perder isto. Estão todos tão felizes, que também eu, quero partilhar. Despi o pijama e vesti-me num ápice, desci as escadas a correr, quando algo em mim, me disse, “não tens que te apressar, a Vida é Agora, e sempre Agora, e é nele que te podes alcançar”.

Não compreendi bem, o que essas palavras queriam dizer, mas escutei-as e sentei-me sossegadamente, a tomar o pequeno-almoço, enquanto isso lá fora ouvia os pássaros a cantar.

Que melodia, fascinante, nunca tinha reparado em tamanha beleza, tantos pássaros a cantar, pareciam estar a falar uns com os outros, certamente sabiam o que se estava a passar.

Mais uma vez, levantei-me, e ânsia de sair para a rua, fez me de novo pensar, “têm calma, sossega, que a Vida é Agora, e é nela que te podes encontrar”.

Ainda estonteado, e mais uma vez meio confuso com essas palavras, abri a porta saí à rua, onde um cão estava a ladrar.

Uiiiii, que susto, espero que seja bonzinho, mas também ele parecia querer falar. Que coisa, tudo à minha volta parece estar a comunicar, só eu aqui, é que pareço não entender nada, pois tudo está diferente, inédito e lindíssimo, que nem “eu” quero acreditar.

Bom, vou passear e ver o bairro, pode ser que descubra o que está, a passar.

De repente, tudo a minha volta, era luz, até a sombra virara luz, lembro-me de perguntar, “como é isto possível? A sombra está a brilhar? Devo estar louco, a vida ganhou vida e até a sombra parece querer participar”.

Enfim, tudo agora era mágico, original e nada estava no lugar, isto é o lugar parecia UM todo, e os pedaços da vida que somos todos nós, estávamos a dançar, tudo era perfeito, e tudo estava-se a contemplar.

“Que cena, um papel que parece ter ganho vida e está a voar” é uma borboleta que voa sem parar, também ela é luz que passeia e vagueia no ar.

Que lindo dia, devo estar a sonhar, foi quando ouvi a voz “olha para ti, és tu que estás a criar, inclui-te na Vida, e verás que foste sempre tu, a Vida olhando para ti mesmo, basta contemplares”



Foi então que pausei e olhei para mim mesmo e inclui-me no quadro que eu próprio estava a criar, é o Mundo Novo, sussurrou-me o vento ao ouvido.



És tu a Nova Consciência, o Mundo Novo que reconheceu-se a si mesmo, e com isso lembrou-se de Amar.



Abracei a Vida, a ti a mim e a todos e comecei também eu a dançar.





Paz

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